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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Conhecimento do Perigo

O conhecimento traz a luz. O texto a seguir foi tirado do livro que estou lendo. O autor, A.J. Paula Couto, escreveu vários livros que atacavam o PT, porém, o conteúdo destes livros traz, além disto, um conhecimento básico interessante e que desperta ilumina o raciocínio e aguça a curiosidade e a capacidade de questionamento.
Postei um texto que abordava a Guerra Política e a Subversão. O texto a seguir é uma continuação que aponta o conhecimento do comunismo como principal meio de evitar seus malefícios. Ele é cópia do item cinco da segunda parte do livro “O desafio da subversão”:

“5. CONHECIMENTO DAS TÉCNICAS SUBVERSIVAS COMUNISTAS – ou – CONHECIMENTO DO PERIGO.

Os franceses, que a cerca de trinta anos, em suas experiências na Argélia e na Indochina, detectaram um novo tipo de guerra – a Guerra Revolucionária – dentro da qual se inserem a Guerra Política e a subversão -, ao estudarem as condições necessárias ao combate a tal tipo de guerra, colocaram entre elas, em lugar de destaque, o conhecimento pelas elites e pelo público, das hábeis técnicas empregadas pelos subversivos. Desta maneira uns e outros se precaveriam contra o seu envolvimento por elas, muitas das quais caracterizadas por extrema malícia e sutileza, por isso mesmo capazes de recrutar tantos auxiliares para o comunismo. Frize-se, por oportuno, que muitos destes se dizem ardorosos defensores da democracia, a mais liberal possível, o que não os impede, por injustificáveis inocências e desconhecimento, de se aliarem aos maiores inimigos da democracia, sobretudo a liberal, que só interessa a estes, e muito, na medida em que lhes dá a mais ampla liberdade para o desenvolvimento de suas atividades subversivas.
Vejamos como a isso se referem os estudiosos.

DOUGLAS HYDE, em “O Assalto Pacífico” (Editora Fundo de Cultura Brasil-Portugal):
“...os comunistas...aceitam a afirmação de que o comunista triunfará sobre todos os outros sistemas sociais e econômicos existentes... Sem dúvida será possível provar-lhes que estão equivocados,desde que não são somente os comunistas que fazem a história. Mas é incontestavelmente necessário que aqueles que não são comunistas saibam que isto é o que eles pensam e compreendam porque pensam desta maneira.” (13)

DAVID GAÇLULA, em “Contra-Rebelião - Teoria e prática” (Edições GRD – RJ), ao relacionar as condições que tornaram um corpo político resistente à subversão, aponta entre elas o “Conhecimento da guerra contra-revolucionária da parte dos líderes contra-rebeldes. Não basta que os líderes contra-rebeldes sejam resolutos; devem também conhecer a estratégia e as táticas necessárias para combater a rebelião.” (37)

FRED SHWARZ, em “Você pode confiar nos comunistas...” (Dominus Editora – São Paulo) “É possível detestar profundamente o comunismo,e, ao mesmo tempo, servi-lo fielmente e bem.” (188) Esta contradição, segundo o autor, resulta do desconhecimento do que seja o comunismo e, principalmente, das técnicas que usa para ludibriar e atrair os incautos.
“Quando se encontra gente preocupada e motivada deve-se fornecer-lhes esclarecimentos. Uma das formas de fazê-lo é através da literatura. A literatura sobre o comunismo é abundante. Deve ser estudada. Em círculos de estudos, onde as discussões ajudam a compreensão melhorada, obtém-se desenvoltura apreciável. Não há substitutivo para o conhecimento específico.” “O comunismo deveria ser ensinado nas escolas, mas deveria ser ensinado sob diretrizes morais. Ensinado não como alternativa de filosofia econômica, mas com sistema de tirania. O objetivo do ensinamento seria proteger os estudantes contra as sutilezas fraudulentas da dialética comunista...” (189) {comentário do autor em 1989 – (3) até hoje, (1989) no Brasil, esta observação continua atualíssima, pois as entidades estudantis, em sua maioria, são dominadas pela esquerda radical, que ignorou a autocrítica de Gorbachev.}
Entre as condições necessárias para combater a subversão comunista inclui o “Conhecimento”. Sob este título, frisa ele a importância de que se dêem conhecimentos básicos sobre o comunismo, evitando o perigo das informações unilaterais, que podem fornecer ângulos simpáticos à doutrina. Ressalta, ainda, a importância de tornar claro que na luta ideológica de nossos dias, não há como fugir ao dilema básico: Liberdade ou Escravidão.

A.C. PACHECO E SILVA, em “A Guerra Subversiva em marcha.” (Fórum Roberto Simonsem – Vol. XVI – Centro das Indústrias do estado de São Paulo.): “As forças armadas e a polícia não podem,por si sós, preservar o país da ameaça da guerra revolucionária. É preciso que cada cidadão consciente procure combate-la, neutraliza-la, esclarecendo a todos as suas finalidades e os perigos que ela representa para a nossa soberania... Entre nós, muitos são levados a pensar que a guerra revolucionária é um fenômeno espontâneo, conseqüente ao sofrimento, às privações e às frustrações das massas populares, que se rebelam procurando alcançar uma melhor sorte ou conseguir reivindicações que considerem justas. A experiência demonstra que isto não é bem exato. A guerra revolucionária é inteiramente artificial e pré-fabricada. Sua verdadeira causa reside na disposição de uma organização política totalitária de conquistar o poder pela força, pela violência.” (50)
“A população deveria ser alertada quanto a existência de um propósito subversivo e das suas graves conseqüências, que levariam o país ao caos ou a um regime de força, com o cerceamento das liberdades democráticas. É preciso ter vontade firme e perseverante de vencer a subversão e, para isso, é preciso se ter consciência exata do perigo que ela representa e acreditar nos valores que ela visa destruir ou anular.” (52)

REINHARD GEHLEN, em “O serviço secreto” (Biblioteca do Exército Editora e Editora Artenova S.A.): “O papel dominante desempenhado pela ideologia soviética é em geral desprezado e não merece crédito. Estou convencido que somente um amplo e completo conhecimento do inimigo pode proteger-nos...” (296)

ROBERT MOSS, em “O colapso da democracia” (Editora Nórdica Ltda. 1978): “A defesa da liberdade... envolverá a publicação e a disseminação de todo o material disponível a respeito dos perigos atuais para as democracias e a respeito do caráter das táticas totalitaristas, bem como suas ideologias.” (220)

ROCKFELLER BROTHERS FUND, em “O Poder da Idéia Democrática”: “... os homens podem aperfeiçoar as sociedades em que vivem se lhes forem revelados os fatos e se tiverem liberdade para comparar as coisas estabelecidas com a sua visão das coisas como deveriam ser.” (12)

HERMES DE ARAÚJO OLIVEIRA, em “Guerra Revolucionária”: “Os governantes em geral, não acreditam na realidade da Guerra Revolucionária e, pois, não percebem o trabalho surdo que se desenvolve nas suas 1ª e 2ª fases; confundem os “fatores favoráveis” (contradições internas) com a causa determinante da agitação,que é a organização revolucionária.”

GEORGES ALBERTINI, em “Ação Repressiva dos Poderes” (Mensário de Cultura Militar, set/out 61): Referindo-se a necessidade do conhecimento do mecanismo da Guerra Política, diz: “É tudo isso que o Ocidente precisa aprender, para que, finalmente, deixe de ser envolvido pelas iniciativas do Mundo Comunista. Não se trata de transformar nossos magistrados, nossos diplomatas e nossos políticos, em agitadores profissionais, à semelhança dos que existem no Oriente. Trata-se de ensinar-lhes o que o comunismo representa, como age e como lhe resistir. Trata-se de fazer compreender por toda a parte, que esse empreendimento gigantesco não pode ser combatido ideologicamente, nem pela refutação de Marx, nem por sua adaptação ou adoção, pois Marx nada tem a ver com essa luta. Essa ideologia bolchevista, que outra coisa não é senão uma monstruosa maneira de assaltar e conservar o poder, fundamentada em um materialismo básico, irreconciliavelmente incompatível com a essência mesma de nossa civilização espiritual, deve ser conhecida pelas elites do Ocidente em sua verdadeira significação.”

A.J. Paula Couto
“O Desafio da Subversão”
1ª Edição – 1990”

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