Páginas

sábado, 29 de novembro de 2014

OS MILITARES DE HOJE SÃO OS MESMOS QUE OS MILITARES DE ONTEM E CONTINUARÃO ASSIM – por Francisco Batista Torres de Melo

RESPOSTA DO GENERAL DE DIVISÃO REFORMADO DO EXÉRCITO FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO À MIRIAM LEITÃO


Esta carta foi escrita pelo General de Divisão Torres de Melo em resposta ao texto “Enquanto Isso” da Jornalista Miriam Leitão. A carta é antiga, pois foi publicada em 2012, mas mostra uma visão da História do Brasil e do momento atual, em que os militares estão no foco das ações políticas servindo de “muletas” para aventureiros, que nunca conseguiram manchar as atitudes e ações do Exército Brasileiro e das FFAA. Elas que sempre foram, são e serão baluartes da Lei e da Ordem, sendo fiéis escudeiros da Constituição e do povo Brasileiro. Boa leitura.

Marinha, Exército e Aeronáutica escudeiros do povo brasileiro
“À Senhora Jornalista Miriam Leitão

Li o seu artigo "ENQUANTO ISSO", com todo cuidado possível. Senti, em suas linhas, que a senhora procura mostrar que os MILITARES BRASILEIROS de HOJE, são bem diferentes dos MILITARES BRASILEIROS de ONTEM.

Penso que esse é o ponto central de sua tese. Para criar credibilidade nas suas afirmativas, a senhora escreveu: "houve um tempo em que a interpretação dos militares brasileiros sobre LEI E ORDEM era rasgar as leis e ferir a ordem. Hoje em dia, eles demonstram com convicção terem aprendido o que não podem fazer".

Permita-me discordar dessa afirmativa de vez que vejo nela uma injustiça, pois fiz parte dos MILITARES DE ONTEM e nunca vi os meus camaradas militares rasgarem leis e ferir a ordem. Nem ontem nem hoje. Vou demonstrar a minha tese.

No Império, as LEIS E A ORDEM foram rasgadas no Pará, Ceará, Minas, Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul pelas paixões políticas da época. AS LEIS E A ORDEM foram restabelecidas pelo Grande Pacificador do Império, um Militar de Ontem, o Duque de Caxias, que com sua ação manteve a Unidade Nacional. Não rasgamos as leis nem ferimos a ordem. Pelo contrário.

Vem a queda do Império e a República. Pelo que sei, e a História registra, foram políticos que acabaram envolvendo os velhos Marechais Deodoro e Floriano nas lides políticas. A política dos governadores criando as oligarquias regionais, não foi obra dos Militares de Ontem, quando as leis e a ordem foram rasgadas e feridas pelos donos do Poder, razão maior das revoltas dos tenentes da década de 20, que sonhavam com um Brasil mais democrático e justo.

Os Militares de Ontem ficaram ao lado da lei e da Ordem. Lembro à nobre jornalista que foram os civis políticos que fizeram a revolução de 30, apoiados, contudo, pelos tenentes revolucionários, menos Prestes, que abraçou o comunismo russo.

Veio a época getuliana, que, aos poucos, foi afastando os tenentes das decisões políticas. A revolução Paulista não foi feita pelos Militares de Ontem e sim pelos políticos paulistas que não aceitavam a ditadura de Vargas.

Não foram os Militares de Ontem que fizeram a revolução de 35 (senão alguns, levados por civis a se converterem para a ideologia vermelha, mas logo combatidos e derrotados pelos verdadeiros Militares de Ontem); nem fizeram a revolta de 38; nem deram o golpe de 37.

Penso que a senhora, dentro de seu espírito de justiça, há de concordar comigo que foram as velhas raposas GETÚLIO - CHICO CAMPOS - OSWALDO ARANHA e os chefetes que estavam nos governos dos Estados, que aceitaram o golpe de 37. Não coloque a culpa nos Militares de Ontem.

Veio a segunda guerra mundial. O Nazismo e o Fascismo tentam dominar o mundo. Assistimos ao primeiro choque da hipocrisia da esquerda. A senhora deve ter lido - pois àquela época não seria nascida -, sobre o acordo da Alemanha e a URSS para dividirem a pobre Polônia e os sindicatos comunistas do mundo ocidental fazendo greves contra os seus próprios países a favor da Alemanha por imposição da URSS e a mudança de posição quando a "Santa URSS" foi invadida por Hitler.

O Brasil ficou em cima de muro até que nossos navios (35) foram afundados. Era a guerra, a FEB e seu término. Getúlio - o ditador - caiu e vieram as eleições. As Forças Armadas foram chamadas a intervir para evitar o pior. Foram os políticos que pressionaram os Militares de Ontem para manter a ordem.

Não rasgamos as leis nem ferimos a ordem. Chamou-se o Presidente do Supremo Tribunal Federal para, como Presidente, governar a transição. Não se impôs MILITAR algum.

O mundo dividiu-se em dois. O lado democrático, chamado pelos comunistas de imperialistas, e o lado comunista com as suas ditaduras cruéis e seus celebres julgamentos "democráticos". Prefiro o primeiro e tenho certeza de que a senhora, também. No lado ocidental não se tinham os GULAGs.

O período Dutra (ESCOLHIDO PELOS CIVIS E ELEITO PELO VOTO DIRETO DO POVO) teve seus erros - NUNCA CONTRA A LEI E A ORDEM - e virtudes como toda obra humana.
A colocação do Partido Comunista na ilegalidade foi uma obra do Congresso Nacional por inabilidade do próprio Carlos Prestes, que declarou ficar ao lado da URSS e não do Brasil em caso de guerra entre os dois países. Dutra vivia com o "livrinho" (a Constituição) na mão, pois os políticos, nas suas ambições, queriam intervenções em alguns Estados, inclusive em São Paulo. A senhora deve ter lido isso, pois há vasta literatura sobre a História daqueles idos.

Novo período de Getúlio Vargas. Ele já não tinha mais o vigor dos anos trinta. Quem leu CHATÔ, SAMUEL WEINER (a senhora leu?) sente que os falsos amigos de Getúlio o levaram à desgraça, eles eram políticos. Os Militares de Ontem não se envolveram no caso, senão para investigar os crimes que vinham sendo cometidos sem apuração pela Polícia; nem rasgaram leis nem feriram a ordem.

Eram os políticos que se degladiavam e procuravam nos colocar como fiéis da balança. O seu suicídio foi uma tragédia nacional, mas não foram os Militares de Ontem os responsáveis pela grande desgraça, sabe bem disso!

A senhora permita-me ir resumindo para não ficar longo. Veio Juscelino e as Forças Armadas garantiram a posse, mesmo com pequenas divergências. Mais uma vez eram os políticos que queriam rasgar as leis e ferir a ordem e não os Militares de Ontem.
Nessa época, há o segundo grande choque da esquerda. No XX Congresso do Partido Comunista da URSS (1956) Kruchov coloca a nu a desgraça do stalinismo na URSS. Os intelectuais esquerdistas ficam sem rumo.

Juscelino chega ao fim e seu candidato perde para o senhor Jânio Quadros, a Esperança da vassoura, Desastre total. Não foram os Militares de Ontem que rasgaram a lei e feriram a ordem. Quem declarou vago o cargo de Presidente foi o Congresso Nacional. A Nação ficou ao Deus dará. Ameaça de guerra civil e os políticos tocando fogo no País e as Forças Armadas divididas pelas paixões políticas, disseminadas pelas "vivandeiras dos quartéis" como muito bem alcunhou Castello.

Parlamentarismo, volta ao presidencialismo, aumento das paixões políticas, Prestes indo até Moscou afirmando que já estavam no governo, faltando-lhes apenas o Poder. Os militares calados e o chefe do Estado Maior do Exército (Castello) recomendando que a cadeia de comando deveria ser mantida de qualquer maneira. A indisciplina chegando e incentivada dentro dos Quartéis, não pelos Militares de Ontem e sim pelos políticos de esquerda; e as vivandeiras tentando colocar o Exército na luta política.

Revoltas de Polícias Militares, revolta de sargentos em Brasília, indisciplina na Marinha, comícios da Central e do Automóvel Clube representavam a desordem e o caos contra a LEI e a ORDEM. Lacerda, Ademar de Barros, Magalhães Pinto e outros governadores e políticos (todos civis) incentivavam o povo à revolta. As marchas com Deus, pela Família e pela Liberdade (promovidas por mulheres) representavam a angústia do País. Todo esse clima não foi produzido pelos MILITARES DE ONTEM. Eles, contudo, sempre à escuta dos apelos do povo, pois ELES são o povo em armas, para garantir as Leis e a Ordem.

Minas desce. Liderança primeira de civil; a era Magalhães Pinto. Era a contra-revolução que se impunha para evitar que o Brasil soçobrasse ao comunismo. O governador Miguel Arraes declarava em Recife, nas vésperas de 31 de março: haverá golpe, só não sabemos se deles ou nosso.
Não vamos ser hipócritas, a senhora, inteligente como é, deve ter lido muitos livros que reportam a luta política daquela época (exemplos: A Revolução Impossível de Luis Mir - Combates nas Trevas de Jacob Gorender - Camaradas de William Waack - etc) sabe que a esquerda desejava implantar uma ditadura de esquerda. Quem afirma é Jacob Gorender. Diz ele no seu livro: "a luta armada começou a ser tentada pela esquerda em 1965 e desfechada em definitiva a partir de 1968".
Não há, em nenhuma parte do mundo, luta armada em que se vão plantar rosas e é por essa razão que GORENDER afirma: "se quiser compreendê-la na perspectiva da sua história, A ESQUERDA deve assumir a violência que praticou". Violência gera violência e os políticos sempre jogam a responsabilidade em manter a ordem aos militares. Afinal eles levaram a desordem.

Castello, Costa e Silva, Médici, Geisel e João Figueiredo com seus erros e virtudes desenvolveram o País.
Não vamos perder tempo com isso. A senhora é uma economista e sabe bem disso.
Veio a ANISTIA e João Figueiredo dando murro na mesa e clamando que era para todos, pois Ulisses Guimarães não desejando que Brizolla, Arraes e outros pudessem tomar parte no novo processo eleitoral, para não lhe disputarem as chances de Poder. João bateu o pé e todos tiveram direito, pois "lugar de Brasileiro é no Brasil", como dizia.
Não esquecer o terceiro choque sofrido pela a esquerda: Queda do Muro de Berlim, que até hoje a nossa esquerda não sabe desse fato histórico.


DIRETAS JÁ! Sarney, Collor com seu desastre, Itamar, FHC, LULA e chegamos aos dias atuais.
Os Militares de Hoje, silentes, que não são responsáveis pelas desgraças que vivemos agora, mas sempre aguardando a voz do Povo.
Não houve no passado, nem há, nos dias de hoje, nenhum militar metido em roubo, compra de voto, CPI, dólar em cueca, mensalões ou mensalinhos. Não há nenhum Delúbio, Zé Dirceu, José Genoíno, e que tais. A corrupção e a desordem estão ficando acima da lei e da ordem!
O que já se ouve, passamos a escutar, é o povo dizendo: SÓ OS MILITARES PODERÃO SALVAR A NAÇÃO.
Pois àquela época da "ditadura" era que se era feliz e não se sabia... Certo, houveram excessos contra os civis. Então me diga: Como controlar o que o país vivia naquela época? Com vários grupos, uns querendo o comunismo, outro o socialismo, outro o presidencialismo e a maioria a democracia. Se chegaria a um consenso na conversa? Existia controle social para tal?
Mas os Militares de Hoje, como os de Ontem, não querem ditadura, pois são formados democratas. E irão garantir a Lei e a Ordem, sempre que preciso.

Os militares não irão às ruas sem o povo ao seu lado. OS MILITARES DE HOJE SÃO OS MESMOS QUE OS MILITARES DE ONTEM. A nossa desgraça é que políticos de hoje (olhe os PICARETAS do Lula!) - as exceções justificando a regra - são ainda piores do que os de ontem. Estamos sem ética e sem moral, estão esquecendo os bons princípios e mais, os políticos são despudorados.
O Brasil vem sofrendo, não por conta dos MILITARES, mas de ALGUNS POLÍTICOS - uma corja de canalhas, que rasgam as leis e criam as desordens, desrespeitam a todos e só pensam na sobrevivência política, independente do preço a ser pago pelo povo!

Como sei que a senhora é uma democrata, espero que publique esta carta no local onde a senhora escreve os seus artigos, que os leio atenta e religiosamente, como se fossem uma Bíblia. Perfeitos no campo econômico, mas não muitos católicos ou evangélicos no campo político por uma razão muito simples: quando parece que a senhora tem o vírus de uma reacionária de esquerda.

Atenciosa e respeitosamente,
GENERAL DE DIVISÃO REFORMADO DO EXÉRCITO FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO

12 de março de 2012”

Francisco Batista Torres de Melo
General de Divisão (Ref)

12 de março de 2012

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O GOVERNO À REBOQUE DA MÍDIA - Por Luciano Martins Costa*

      O comentário do Jornalista apresenta uma visão das forças envolvidas na “Crise da Lava Jato” que se desenrola no meio político/empresarial brasileiro. As conhecidas e veladas transações entre empreiteiras e governos vêem à tona em um conflito de interesses na busca do Poder ilimitado. Boa leitura:

“Comentário para o programa radiofônico do Observatório da Imprensa em 20/11/2014


Mais um pouco, e o povo brasileiro, através da imprensa, estará pedindo desculpas às grandes empreiteiras e outros fornecedores de obras e serviços públicos. Pelo andar do noticiário e levando-se em conta alguns artigos plantados aqui e ali, tem-se a impressão de que a Petrobras é uma organização criminosa que achacou os pobres empreendedores com a ajuda de uma quadrilha de coletores de dinheiro.



O ponto de partida desse movimento é o advogado do lobista apontado como intermediário na distribuição de propinas milionárias. Na sua opinião, sem “composição ilícita”, ninguém consegue fazer negócios com o Estado, seja um complexo petroquímico ou um assentamento de paralelepípedos. O portador do discurso dos empresários corruptores ganhou destaque em todos os principais jornais – a Folha de S.Paulo ofertou quase uma página inteira para sua aleivosia.

O mote ecoou por quase todos os outros advogados ouvidos pela imprensa, e vem se juntar às alegações de que, se forem condenadas, as empresas ficarão impedidas de fazer futuros contratos com todas as instâncias do setor público, o que poderia congelar importantes obras em andamento e inviabilizar futuros projetos de interesse municipal, estadual ou nacional.

O fato de um delegado haver acusado sem fundamento o atual diretor de Abastecimento da Petrobras, tendo que se retratar em seguida, está sendo explorado como uma evidência de que outros suspeitos podem ter sofrido a mesma injustiça. Paralelamente, corre no noticiário a versão de que algumas confissões obtidas no sistema de delação premiada podem produzir contradições nocivas ao processo, o que invalidaria denúncias já tornadas de conhecimento público por meio dos vazamentos seletivos de informações do inquérito. Ao mesmo tempo, os jornais acompanham os esforços do governo federal e seus aliados para reduzir o impacto do escândalo no funcionamento da máquina estatal. 

Tudo isso vem nos principais diários de circulação nacional na quinta-feira (20/11), feriado em que parte do Brasil comemora o “Dia da Consciência Negra”.

Gabinete de crise

Na versão politicamente incorreta, a “consciência negra” era a definição da má consciência, aquela que supostamente estaria motivando os autores das delações. Mas, a julgar por declarações de advogados, políticos, policiais e outros personagens do escândalo, todos os movimentos conduzem a um propósito comum a todas as crises: minimizar os danos. O governo quer um fôlego para renovar seu ministério, os políticos querem seus nomes fora das listas de propina, os advogados querem a absolvição ou uma pena mínima para seus clientes. (grifo meu)

A imprensa parece sensibilizada com a possibilidade de a economia do país vir a sofrer abalos no final do processo, principalmente se as empresas envolvidas chegarem a ser condenadas, perdendo a condição de idoneidade que lhes permite negociar com instituições públicas. Mas há vozes discordantes, lembrando que não há punição sem perda, e que, no caso das pessoas jurídicas, junto com o ressarcimento pelos danos causados ao erário vem automaticamente a exclusão do clube seleto daqueles que operam com o Tesouro.

Paralelamente, colunistas e repórteres com acesso à intimidade do Planalto informam que o núcleo político do governo tem feito longas reuniões em busca de uma estratégia para recuperar a imagem da Petrobras e, por extensão, afastar os olhares inquisidores para outra direção.

Como é praxe desde a primeira posse de Lula da Silva, o comando petista demonstra pouca habilidade para lidar com problemas de comunicação. A começar da formação do “gabinete de crise”, composto apenas por gente “da casa”, o resultado tem grandes possibilidades de produzir graves erros de avaliação.

O escândalo envolvendo a estatal do petróleo é o desaguadouro natural do sistema da corrupção modernizado pela Constituinte – origem do modelo de organização partidária que não sobrevive sem a injeção constante de dinheiro sujo. Nestes doze anos de predomínio do Partido dos Trabalhadores, o sistema que foi usado por outros partidos se consolidou como parte do processo de gestão.



Se ninguém tem coragem ou independência para dizer isso em voz alta no tal “gabinete de crise”, o transatlântico do governo continuará sendo conduzido pelo rebocador da imprensa em meio à tempestade.”

Luciano Martins Costa
Jornalista
20/11/2014

*Observatório da Imprensa na edição 825



quarta-feira, 19 de novembro de 2014

CONGRESSO NACIONAL: A busca da “legalidade” para se construir o totalitarismo de uma Pátria Grande.

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) deu muito trabalho e teve bastante oposição, principalmente do PT. Basicamente ela tenta regular os gastos da administração pública equilibrando o que é arrecadado com o que é gasto em ações e projetos desta mesma administração. Não permite gastar mais do que se arrecada. Dentro deste escopo estou assistindo neste final de ano (nov/2014) uma ação, no mínimo estranha, acontecendo no Congresso Nacional.



Ontem, dia 1 de novembro, a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), criada para examinar e emitir parecer sobre os projetos de lei das diretrizes orçamentárias, projetos de lei orçamentária anual e seus créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; aprovou o projeto de lei que autoriza o governo a descumprir a meta de economia para pagamento de juros da dívida pública. O projeto altera a LRF/LDO para beneficiar o governo na situação econômica que as suas contas se encontram hoje.
Por mais escandaloso que possa parecer isso mostra a situação em que se encontra a Instituição Congresso Nacional hoje. As duas casas estão “aparelhadas” de uma maioria que se mostra capaz de votar contra uma lei existente, a fim de atingir objetivos governamentais ainda nebulosos, mas que têm sido denunciados e pouco considerados pelo povo em geral. Tentam tornar legal o ilegal.
Onde isso se encaixa nos planos de poder do PT? Encaixa-se na busca da “legalidade”. A “maioria” representativa do Congresso vota de acordo com os desígnios do ParTido e o valor pago pelo seu voto. Esse é o tipo de corrupção que o “mensalão” revelou, mas que ainda continua escondida na aprovação de verbas para projetos, designação de cargos e comissões. Corrupção que golpeia constantemente as liberdades que o País conseguiu ao longo dos últimos 35 anos. Corrupção que serve de fonte de verbas para a manutenção do Poder em todos os níveis.



A mesma “legalidade” serve de escudo contra qualquer manifestação de desagrado ou contrária aos desígnios do “ParTido”. Rotula qualquer oposição como golpe. Impede a manifestação popular. Defende uma “democracia” que só serve aos valores distorcidos de uma minoria atuante.
“Legalidade” que nos faz chegar ao cenário atual, que se apresenta com empresas nacionais e estrangeiras ganhando dinheiro público à custa de contratos superfaturados, licitações fraudulentas e outras ilegalidades. Ilegalidades que beneficiam unicamente aos interesses do ParTido no poder. Legisladores corrompidos que aprovam leis de acordo com os desejos de um único ParTido em detrimento da população. Corrompidos que são pelo dinheiro angariado nestas mesmas licitações. Podemos esperar para breve um embate social onde o povo, elo mais fraco desta corrente social, será oprimido pela carestia, fome, doença e miséria. Neste instante a revolta popular não terá efeito. Será reprimida com violência e já não existirão as liberdades. Seus defensores serão caçados e mortos. Pagaremos pela nossa indulgência coletiva, como Bolivianos, Venezuelanos e, muito em breve, Argentinos estão pagando e pagarão.



Caso não tenham percebido, a implantação de uma nova sociedade totalitária, sem liberdades nem valores, já começou. O PT não é mais um problema é uma ameaça. Sua rede esta se tornando sólida e logo suas vulnerabilidades serão inatingíveis. Estará assim englobado mais um estado à Pátria Grande*.

Júlio Cezar Barreto Leite da Silva
Capitão-de-Mar e-Guerra (RM1)
19 de novembro de 2014



* Pátria Grande – termo criado pelo argentino Manuel Ugarte em seu livro (la Patria Grande – Manuel Ugarte -1922), que defendia a unificação da América de língua espanhola em um grande país. Recentemente surgiram debates em que voltou a tona sua teoria, modificada com a inclusão do Brasil como um dos Estados componentes.

domingo, 16 de novembro de 2014

O DIA D SE APROXIMA! – por Guimarães Carvalho

      Recebi nas vésperas do segundo turno das eleições próximas passadas, esta carta aberta escrita pelo AE Guimarães Carvalho. Estava no mar e não pude publicá-la no blog. Corrijo desta forma a minha impossibilidade acrescentando, ao final, uma reflexão posterior aos resultados das eleições enviada da mesma forma por e-mail.
      Deixo a esta reflexão para o futuro:

  • As coisas caminham como previsto na carta?
  • Nosso desembarque no dia D foi na praia de Omaha?
  • Esperamos as FFAA?

Fiquemos de olho e preparados, “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever!”  Reflitam!  Boa leitura:


Feridos na praia de OMAHA - Imagens da Wikipédia 


“Caros amigos,

O dia "D" se aproxima. No próximo domingo os brasileiros estarão votando, espero que sem manipulações nos verdadeiros resultados das urnas eletrônicas (essa espécie de jabuticaba que só tem no Brasil), para decidir quem será o presidente da república nos próximos quatro anos.

Os debates pouco ajudaram. Com as minhas desculpas aos feirantes pela comparação, parecia mais uma briga na feira. O baixo nível da campanha que o marqueteiro elaborou e o PT adotou foi pautado, principalmente, na desconstrução a qualquer preço, ainda que com mentiras, terrorismo eleitoral, distorções de fatos, etc... do principal  oponente, à medida em que ele se apresentava como o mais perigoso(Eduardo; Marisa ou Aécio), gerou um verdadeiro clima de guerra, causando reações também nada educadas dos atacados. A disputa foi colocada em termos de ricos contra pobres; brancos contra negros; os do sul contra os do norte e nordeste. Isso pode causar muitos problemas no futuro. Uma pena!

As pesquisas eleitorais, pelas dúvidas geradas quanto à sua lisura, pouco esclareceram ou orientaram os eleitores. Cite-se, pela grandeza da discrepância, a diferença entre os resultados da "boca de urna" e da votação real do primeiro turno, no que se refere ao candidato Aécio Neves. Mais uma vez, uma pena!

Penso que tudo isso pode conduzir o nosso país a uma encruzilhada bastante perigosa e preocupante, qualquer que seja o vencedor do pleito.

Se a atual presidente for reeleita isso significa, em princípio, que a maioria dos brasileiros reconheceu as conquistas sociais que sem dúvida ocorreram, em que pese terem sido edificadas em cima de incontáveis irregularidades, malfeitos, roubos ou corrupções, dependendo do termo que se queira utilizar. Isso foi uma constante em praticamente todos os atos do atual governo. Nunca na história desse país se roubou tanto. É fato que os demais partidos políticos também roubam, mas isso não podia acontecer com o PT, que sempre exaltou o comportamento ético e cujos slogans para a primeira eleição do Lula eram: no meu palanque corrupto não sobe; e, no meu governo corrupto não entra. Voltemos aos dias atuais. Não é assim que se constroem os alicerces de uma nação que quer e merece ser realmente forte e soberana. A reeleição significa, também em princípio, que a maioria da nossa sociedade deseja a continuidade dos caminhos "bolivarianos" que vêem sendo trilhados nos últimos doze anos, cujo resultado final será fatalmente transformar o Brasil em algo parecido com a Venezuela, ou então, com a Argentina, para ficar apenas nesses dois exemplos. Mas isso não deverá se constituir em surpresa para aqueles que votaram para a reeleição, pois essa é a meta perseguida pelo famigerado Foro de São Paulo, verdadeiro mentor da nossa política externa nos últimos anos. Entretanto, se vitoriosa, a presidente Dilma terá que conviver com o Brasil real, e não aquele que era mostrado na sua propaganda eleitoral enganosa. A frágil e perigosa situação econômica exigirá medidas sérias e duras, o que fatalmente irá gerar frustrações e revolta, pelo menos em parte dos seus eleitores, que se sentirão ludibriados. Haverá reações? Não sei, mas é possível que sim.

Se o eleito for Aécio Neves, ele também não terá vida tranquila. Afinal, o verdadeiro chefe da quadrilha já declarou, sem nenhuma cerimônia, que "eles não sabem do que somos capazes". Em paralelo com algumas medidas duras e impopulares na área econômica que terão que ser tomadas logo no início do novo governo, desmontar o esquema de fraudes existente em praticamente todos os setores da vida nacional, não será tarefa fácil. Há "cumpanheiros" infiltrados nos ministérios, secretarias, agências reguladoras, conselhos de estatais, enfim em todos os setores. Não descarto até atos de verdadeira sabotagem na passagem de serviço. Não descarto, também, atos públicos violentos dos denominados movimentos sociais, tão chegados ao atual governo. Não é uma visâo pessimista ou alarmista, mas sim uma preocupação com o verdadeiro significado do "eles não sabem do que somos capazes".

Em qualquer dos cenários citados, se a situação realmente ameaçar sair do controle, imaginem quem será chamado para "segurar o pepino"? Quem pensou nas Forças Armadas acertou. Mas uma vez serão elas que terão que resolver o problema. E é exatamente por isso, por saberem que as Forças Armadas sempre serão chamadas em caso de real descontrole governamental, é que ao longo dos últimos anos elas vêem sendo submetidas a uma verdadeira campanha de descrédito pelos detentores do poder nos últimos anos, como, aliás, é recomendado por Gramsci, e propagado pelo Foro de São Paulo.

É assim que vejo o quadro atual. Embora não concorde, respeito as opiniões divergentes. Afinal, como se diz por aí, não devemos perder amigos por pensarem diferente de nós.

EDVP chegando em OMAHA - Imagem Wikipédia


Já estou pronto para chegar à praia no dia "D". Sem me impressionar pelas últimas pesquisas que foram divulgadas, minha embarcação de desembarque de pessoal (EDVP) tem o nº 45 pintado no seu costado. O galhardete na proa é amarelo e azul, pois chega desta cor vermelha. 

Com um fraternal abraço,

                                                               Roberto de Guimarães Carvalho.
                                                                      Almirante-de-Esquadra
                                                                      25 de outubro de 2014

PS - como se faz na Marinha, quando a previsão do tempo não é das mais favoráveis e o navio está, ou vai para o mar, recomendo "peiar o material volante" e preparar para mau tempo.””

Passadas as eleições, fica a reflexão de um amigo:

“E então Pilatos perguntou para a multidão:
-Quem eu liberto?
O povo clamava:
- A Barrabás, o ladrão!
E assim, por mais de 2000 anos, o povo continua escolhendo os ladrões.” – Almir.

POPULISMO: Uma descoberta Tardia?

      O “Logística do Golpe” ficou parado por um longo tempo. Tempo suficiente para rever os conceitos e a atualidade das questões que normalmente aborda, sempre buscando reunir o maior número de pessoas comprometidas na diminuição da influência ideológica das minorias extremistas que atuam no Brasil. Denunciando e questionando através de teses e textos apresentados por seus membros e seguidores.
      Durante este período que antecedeu às eleições e chegou até hoje, pude assistir às atrocidades que os subversivos realizaram, cumprindo rigorosamente a cartilha que há muito venho apresentando. Uma cartilha que busca, em resumo, o Poder Absoluto de uma DITADURA do proletariado aos moldes daquelas fracassadas e abolidas em outros países do mundo.
      Hoje a fantasia do bolivarianismo, que surge na América Latina, causa uma percepção da importância do Populismo para esse processo “revolucionário”. O modelo comunista não morreu se aperfeiçoou. Embora transfigurado ainda faz uso das estratégias e do proselitismo empregados desde o início. Não vemos mais os “Soviets”, mas sim os “Conselhos Populares”, que aos moldes dos anteriores só buscam o domínio das massas e o Poder de um grupo (partido) sobre a sociedade livre.

SOVIETS x CONSELHOS: Muitas semelhanças.

      Antes o Socialismo era um precursor do Comunismo, hoje, identificado o processo de “socialização” adotado pelos subversivos, o Populismo passa a ser mascarado e moldado para possibilitar o mesmo fim a implantação de um regime totalitário, sanguinário e repressor sobre as populações iludidas e enganadas.

Populismo na era do PT

      Dentro desse cenário assisti no YouTube o discurso proferido pela jovem Glória Alvarez na reunião do Primeiro Parlamento Ibero Americano da Juventude (El Primer Parlamento Iberoamericano de la Juventud), destacando um alerta sobre os regimes hora sendo instaurados na América Latina, que usam o Populismo para desmantelar as Instituições Republicano-democráticas e reescrever as constituições ao sabor dos desejos de minorias que ambicionam um Poder ilimitado, permanente e autoritário. Uma ditadura. Assistam!

Glória Alvarez


Júlio Cezar Barreto Leite da Silva
Capitão-de-Mar-e-Guerra (RM1)
16 de novembro de 2014