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sábado, 21 de setembro de 2013

CONJECTURAS APOCALÍPTICAS por Paulo Chagas

Encontrei este “post” no FACEBOOK. Sua leitura despertou minha atenção para algumas estratégias subversivas já comentadas no Blog “Logística do Golpe”. As conjecturas apocalípticas, como titulou o General Paulo Chagas, são proféticas na medida que testemunhamos os fatos recentes ocorridos nas manifestações populares, nas intervenções do Movimento dos Sem Terra no Ceará e outras mais divulgadas pela mídia.

Publico o “post” em sua integridade, destacando a declaração do Sr. Jorge B. Ribeiro, postada antes do texto do Gal. Paulo Chagas.
Boa leitura.

”O EXÉRCITO NÃO TEME NEM SERVE AO PT (PALAVRAS DO GENERAL)”

“As manifestações começam pacíficas e, de repente, tornam-se violentas, não é mera coincidência. É tudo planejado. Faz parte do ‘show’ da guerrilha urbana”. (Jorge B. Ribeiro).

Conjecturas apocalípticas.

Caros Amigos A chegada do PT ao poder e os dez anos de sua permanência na direção do País criaram, além do caos social, moral e econômico, a incerteza quanto ao futuro das instituições republicanas, uma vez que o partido não deixa de alimentar a intenção de transformar o Brasil numa República Socialista Bolivariana. A reação recente da sociedade nas ruas, em que pese o “show da guerrilha urbana” que tenta desvirtuá-la, mostra que o povo deu-se conta dos males que representam para seu futuro o aparelhamento do Estado, do primeiro ao último escalão; o domínio completo do aparato sindical; a concentração de meios, a logística, o treinamento, o dispositivo e o incentivo dados às ações e pretensões dos chamados “movimentos sociais”; a concentração de recursos financeiros, visíveis e invisíveis, nas mãos dos “corruPTos”; a cada vez mais evidente ligação do “ParTido” com o crime organizado; e a coordenação e o controle exercidos pelo Foro de São Paulo sobre os horizontes de seus associados.Todo este potencial reunido nos induz a considerar a possibilidade e a probabilidade de que grandes tumultos, demonstrações de força, quebra-quebras, greves ilegais e tudo o mais que compõe o repertório destrutivo da esquerda radical venham a ocorrer, se as pesquisas de opinião indicarem com clareza a derrota de Dilma no processo de reeleição. O primeiro objetivo do tumulto será inviabilizar o pleito e o segundo será fazer crer aos desavisados e aterrorizados cidadãos de bem que a situação da ordem pública e a “pacificação nacional” dependem da permanência dela e dos corruPTos no poder! Por imposição do partido, com o aplauso dos parceiros do Foro de São Paulo e com o apoio dos eternos oportunistas, no Congresso e fora dele, e dos “intelectuais orgânicos”, sempre a serviço da enganação, “as eleições serão adiadas até que haja clima favorável e seguro para realizá-las”! Esta conjectura, com certeza, alimenta as mentes insanas dos canalhas que, inebriados pela exacerbação da ambição e pela subestimação da tolerância do povo, imaginam ser possível, desta forma, a instalação definitiva da “ditadura do proletariado” em Terras de Santa Cruz! Tratam-se apenas de conjecturas, apocalípticas, é verdade, mas acreditar que haja qualquer tipo de honestidade nos propósitos dos homens e mulheres que integram e apoiam o atual governo, dentro e fora do País, é, também, fugir da realidade.Seja como for, vale o alerta e fica a imagem como válida também para depois do pleito, pois, se derrotados e contrariados em seus anseios, venderão caro a estabilidade e a governabilidade, como fizeram no Rio Grande do Sul durante a administração de Yeda Crusius. Por outro lado, caso sejam ainda vencedores, premidos pelo tempo e pela caótica situação produzida por sua incompetência e reconhecida vilania, tentarão, agravando a desordem e o desmando, consolidar as condições objetivas e, com elas, introduzir a componente subjetiva do golpe. Em todos os casos, imaginam que a circunstância adversa e a “disciplina” das Forças Armadas farão com que elas, para evitar uma guerra civil, aceitem e respaldem a “solução da casa”, ou, no mínimo, que se omitam diante do golpe. Ledo devaneio!Conhecendo e confiando em meus camaradas, sugiro aos que alimentam tais esperanças que façam uma avaliação melhor e mais realista do comprometimento das FA, porquanto, caso decidam pela quebra das estruturas legais da república, as encontrarão aliadas, como sempre, à democracia, ao seu dever constitucional e aos interesses daqueles de onde, legitima e legalmente, demanda o poder. Em nome deles, elas lhes negarão respaldo e, mais uma vez, frustrarão a traição!
Que Deus nos proteja como protegeu o Papa Francisco durante sua estada no Brasil e que estas “conjecturas” não ultrapassem os limites da presunção! “O socialismo é o evangelho da inveja, o credo da ignorância, e a filosofia do fracasso.”

Paulo Chagas
General do Exército

29 de julho de 2013

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A queda do último bastião da democracia – O Comunismo venceu.


O dia de hoje foi marcante na vida da maioria dos brasileiros. Digo, na maioria, pois ainda acredito que muitos de nós ainda não percebemos o contexto em que se encontra o nosso país.
Desde o lançamento do Blog Logística do Golpe, venho tentando associar as técnicas subversivas com sintomas aparentes nas informações divulgadas pela mídia atualmente. Tenho divulgado textos com opiniões e testemunhos diversos para comprovar que estamos em uma guerra política. Nessa guerra o povo brasileiro nada mais é do que “a população civil afetada”.
Hoje não vivemos sob a sombra do Comunismo do período da Guerra Fria. Hoje vivemos sob a ameaça dos frutos por ele semeados. Os “subversivos” estão no poder e utilizam-se da máquina Estatal para aplicarem sua técnica de subversão valendo-se da “coexistência pacífica”, que é a nova política adotada pelos comunistas e seus adeptos seguidores. Inocentes úteis que corrompidos ao extremo da ética e da moral abrem o caminho e não são obstáculos para a escalada sórdida contra a população inocente e a degradação dos valores da nossa sociedade.
Das técnicas usadas recentemente, no Brasil, destaco infiltração (aparelhamento dos diversos escalões da administração pública), assalto à educação, desmoralização do anticomunismo, desmoralização da instituição policial, a degradação dos valores éticos, morais e sociais (corrupção em todos os níveis) e a utilização da plenitude democrática como máscara.
Hoje o país pode sentir nos projetos para a saúde e educação a infiltração das idéias e o proselitismo em torno destas mesmas idéias, “libertário e progressista”, do socialismo bolivariano. O idealismo da juventude e a agitação estudantil, técnicas refletidas nas manifestações recentes no país na figura do Black Bloc, mostram os sintomas do assalto à educação, provocado pela massificação constante de idéias e da desmoralização das nossas bases sociais e morais. A “contratação” de médicos estrangeiros exclusivamente com fins eleitoreiros e a certificação destes pelos Conselhos Regionais de Medicina desmoraliza as instituições médicas do País.
Hoje, mais uma vez, li que o Brasil morreu. O brasileiro pode testemunhar o efeito da infiltração subversiva nos poderes. O “aparelhamento” do STF mostrou seus primeiros resultados. A aprovação por seis (6) votos a cinco (5) dos embargos infringentes, que possibilitaram um novo julgamento do MENSALÃO e abriram as portas para uma eternidade de recursos a mais alta corte do país. O último bastião de legalidade caiu.
A revolta nas redes sociais foi geral. Brasileiros mostrando sua repulsa são que nem ferreiros malhando em ferro frio. O plano de poder esta terminado. Todos os poderes aparelhados. O processo eleitoral controlado e manipulado é mascarado com benefícios diversos como as bolsas e programas populistas. Não importa mais o candidato, ele só será eleito se estiver dentro dos planos. O controle é quase total.
Não existe saída. Paulatinamente nossas liberdades e conquistas individuais serão revogadas. A méritocracia esta condenada. Os valores individuais vêm sendo sufocados pela corrupção e pe1a prática do nepotismo. Vivemos uma ditadura das minorias.
O Brasileiro constatou que todos os Poderes Constituídos estão aparelhados e servindo a causa do governo do PT. O Executivo é assessorado por uma cúpula partidária do PT composta pelo ex-presidente Lula, pelo Sr. Gilberto Carvalho e pelo atual presidente do PT, Senhor Rui Falcão. A presidente governa por medidas provisórias, que facilitam os caminhos traçados pelo PT para a manutenção do Poder.  A bancada governista no Congresso é formada por todos os partidos, que, mesmo descoberto o MENSALÃO, continuam a gozar das benesses do governo petista em troca de apoio incondicional. Cargos de primeiro escalão estão loteados entre as lideranças partidárias a fim de garantirem o referido apoio. Finalmente a Justiça, representada pela cúpula do Supremo Tribunal Federal, onde nove (9) ministros foram indicados pelo PT. Os efeitos destas indicações puderam ser sentidos com o acolhimento dos embargos feitos por réus condenados no processo do MENSALÃO, muitos do PT, que poderão ficar em liberdade com a possibilidade da prescrição de seus crimes, crimes estes comprovados e condenados por um STF em fase de aparelhamento. A interpretação da lei passa a ser tendenciosa, pró partido e partidários.

O dia de hoje foi marcante. Foi o dia em que a Justiça se dobrou diante da espada da subversão. Já não existe o Brasil só existe o partido. O PT.

Júlio Cezar Barreto Leite da Silva
MCC
19 de setembro de 2013

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Black Blocks, o Quarto poder. por Jorge Silveira


Resolvi publicar o texto do Professor Jorge Silveira por acreditar que ele relate um sintoma da "doença" que esta matando e desmoralizando a nossa sociedade e nosso modo de vida.
O ataque indiscriminado aos Símbolos Nacionais, no caso a Bandeira Nacional realizado pelos "componentes" do grupo intitulado Black Bloc, paulatinamente vem amortecendo nossos mais legítimos impulsos patrióticos. O ataque ilegítimo realizado durante a "tomada" do monumento a Zumbi, após às comemorações do dia da Independência do Brasil, me causaram revolta.
O Logística do Golpe esta constantemente publicando artigos e textos que demonstram como ações subversivas ocorrem no País desde antes de 1968. Como a execução das mesmas é visível, demonstrável e esta levando ao colapso da sociedade brasileira. Destruindo e enfraquecendo as Instituições e seu simbolismo dentro da sociedade.
Os Subversivos no poder estão matando o Patriotismo no seio da população em benefício de seus objetivos abjetos e inescrupulosos de poder.
No texto também podemos notar que os sinais de resposta estão se desenhando e o clamor da população livre e comprometida com o bem estar social já se escuta.
Boa leitura.

"Desastroso, temeroso e indelével. Assim poderíamos definir o episódio da incineração (indevida) do Pavilhão Nacional assistido por, todo o mundo, durante o desfile cívico militar de sete de setembro por um bando de marginais de classe média e média alta, autodenominados “Black Blocks”.
Feriu-se a soberania do país, a cidadania de um povo e ratifico
u-se a incapacidade e cumplicidade de um governo. Cumplicidade criminosa, diga-se de passagem, pois, em muito tempo, o desfile sempre transcorreu em um clima de honra e vibração. Alguns, encastelados em suas mansões e se deleitando com o dinheiro público desviado para os paraísos fiscais, outros, acovardados alegavam problemas de saúde mas, não compareceram ao desfile com a “quase” certeza de que o golpe orquestrado pelo PT daria certo. (Havia mais camisas vermelhas do que verdes e amarelas).
O país foi entregue solenemente à dominação de um governo, quer federal quer estadual que, aliado à Mídia, transforma a seu bel prazer fatos em “notícias” sem fundamentação e totalmente afastadas dos parâmetros da verdade. As autoridades “implodem” instituições por simples deleite ou mero incômodo. Desde que entidades, que nunca haviam se manifestado antes, agora rugem como leões famintos em defesa de criminosos, onde outros criminosos se protegem por trás de “máscaras” ou votos secretos e outros governam o país e estados membros, observamos que as instituições atacadas são sempre aquelas que funcionam como, guardadas as devidas proporções, os cristãos que eram jogados aos leões no coliseu. Então, temos os “cristãos” (as instituições, os “leões”, as autoridades que de uma forma corporativa, subrepticia e espúria cria dispositivos para gerar a sua autoproteção e, finalmente, o “coliseu”, isto é, a sociedade hipócrita, venal e manipulada, pronta a aceitar suas ridículas limitações.
Além disso, um grupo devidamente orientado pela esquerda desvirtuada e desvairada mas, temerosa pela reação de segmentos significativos da sociedade, se concentra para gerar um caos que chegou ao seu ápice no trágico desenrolar do desfile de sete de setembro.
Face ao conhecimento evolutivo da sociedade, seus costumes e capacidade em ser manipulada, não vejo uma solução que não seja um choque drástico de ordem. Que se restituam os direitos (cerceados peremptoriamente) das forças públicas de segurança, que algumas instituições restrinjam-se às funções que lhe são próprias e que direitos sejam encarados de uma forma constitucional e não de uma forma conveniente. Falo Inglês fluentemente mas, me vejo quase que em uma necessidade irrefreável de aprender a falar Espanhol, afinal, pode ser que essa venha a ser a língua corrente no país, caso nada de efetivo venha a ser consumado."
Jorge Silveira          
Professor             
08 de setembro de 2013

domingo, 8 de setembro de 2013

Carta endereçada ao Presidente das Organizações Globo - por Paulo Dobbin

Divulgando a carta enviada às organizações "O Globo" comentando a posição da mesma divulgada recentemente no seu site de memória.
A triste revisão histórica atinge frontalmente a inteligência de todos, principalmente a dos que viveram o período entre 1962 e 1985.
Comprovamos a atitude sempre tendenciosa de uma organização que faz parte da nossa história contemporânea, é formadora de opinião e, por sempre querer levar vantagem em tudo (Lei de Gerson) é parte responsável pelo espalhamento da corrupção e desmoralização de valores sociais e culturais do nosso povo.
Que orgulho sinto destes meus Chefes Navais. "Tudo pela Pátria!"
Divulgando...


"No início de 1964 o Brasil estava à beira do abismo. Uma inflação galopante e um governo fraco, em sua maioria, composto de radicais de esquerda que estimulavam e instigavam a indisciplina nas Forças Armadas para, assim, tentar vergar sua coluna vertebral, sempre apoiada no binômio hierarquia e disciplina, pilares constitucionais de sua base organizacional.        
Caminhávamos, celeremente para nos tornar uma república sindical.
Todo esse processo de deliberada instalação do caos no país, debilitando seu Poder Militar e as instituições civis, certamente se encontram nos arquivos desse jornal, como de toda a imprensa da época. São inúmeros os registros dos episódios protagonizados pelo governo e que antecedem a março de 1964, como a Revolta dos Sargentos de Brasília, a reunião do presidente da República com praças das Forças Armadas e Auxiliares no Automóvel Clube, a amotinação de cabos e marinheiros no Sindicato dos Metalúrgicos e muitos outros graves episódios.
Havia, sim, uma revolução em marcha. Aquela que, em pleno panorama bipolar e irracional “Leste-Oeste”, queria fazer triunfar, no Brasil, como já ocorrera em outros países, o regime do partido único, da única verdade, da imprensa única. Enfim, do obscurantismo, também único.
Em contrapartida a essa situação, nascida no seio da sociedade civil, também se  pôs em marcha uma contrarrevolução, imediatamente apoiada pelos militares. Heroicamente comandada pelas mulheres brasileiras, a sociedade, aos milhares, fez-se às ruas em defesa da democracia.
Os homens de bem deste país não podiam ficar alheios ao clamor. Toda a grande Imprensa, a Igreja, a OAB, a ABI, políticos e outras significantes instituições aderiram, na primeira hora, ao contragolpe brasileiro.
Cumpre-me registrar, orgulhoso, que naqueles dias de mares encapelados, este clube foi sede da resistência, um quartel-general onde destemidos oficiais se uniram para manter erguida a bandeira da liberdade.
Tudo isso, senhor presidente, está fartamente documentado no novo sítio eletrônico dessa portentosa organização.
E, passado quase meio século daqueles dias, vem agora o jornal confessar que cometeu um erro. Essa nova postura editorial nos leva a refletir, perplexos, que a pena de Roberto Marinho deveria, pois, ter apoiado o estado de coisas de então. Inimaginável.
Trata-se, portanto, de um mea culpa decepcionante para a memória dos que acompanharam aqueles dramáticos episódios da vida nacional. Em vez de erro, seria mais aceitável assumir eventuais divergências com os rumos que o movimento de 64 tomou, segundo o entendimento do jornal.
Ledo engano acreditar que, assim procedendo, estão as Organizações Globo seguindo a vontade da Nação. Esta, por certo, nunca renegou seus valores morais e sua tradição cultural. Jamais correu atrás de grupos minoritários, escandalosamente estrepitosos e detentores de subfilosofias de alta rotatividade, sempre ao sabor dos eventuais donos do poder. Longe disso, a esmagadora maioria da sociedade deseja ordem, decência, prosperidade e coerência.
E é por isso, senhor Presidente, que as Forças Armadas da nação brasileira, cujo nascimento coincide com o alvorecer da própria Pátria, continuam, desde sempre, a liderar pesquisas de opinião sobre a credibilidade das instituições nacionais. Não têm do que se arrepender.
Sabemos ser possível mudar de nome, de nacionalidade, de clube, até de sexo.
Mas, é impossível mudar a História."




Paulo Frederico Soriano Dobbin
      Vice-Almirante (Ref-FN)
Presidente



OBS.: Texto produzido com a colaboração dos sócios Alte. Rui Elia e Comandantes Bompet e Marques (Zarraga).

O GLOBO E A SÍNDROME DE PINÓQUIO - por Sérgio Pinto Monteiro

 A imprensa brasileira não vive seus melhores momentos. Um dos mais populares jornais do país - O GLOBO - acaba de cometer uma lamentável atrocidade contra a verdade histórica do período dos governos militares que, em 1964, sucederam à deposição do presidente João Goulart. O artigo postado no site memória.  O globo sob o título “Apoio ao golpe de 64 foi um erro” é um primor de atentado contra a verdade dos fatos que deve nortear o bom jornalismo. É de fazer inveja à chamada imprensa marrom. Oitenta anos da obra de Roberto Marinho foram achincalhados - e desrespeitados - pela subserviência do Globo aos atuais “donos” do poder no Brasil. Reduz a adesão das Organizações Globo ao movimento de 1964 a um mero “erro editorial”, centrando o seu mea culpa no artigo “Ressurge a Democracia”, da edição do dia 02 de abril de 1964:

      “Vive a Nação dias gloriosos... Atendendo aos anseios nacionais, de paz, tranquilidade e progresso, impossibilitados, nos últimos tempos, pela ação subversiva orientada pelo Palácio do Planalto, as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-a do amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal... Mas, por isto que nacional, na mais ampla acepção da palavra, o movimento vitorioso não pertence a ninguém. É da Pátria, do Povo e do Regime...” (O Globo, editorial do dia 02 de abril de 1964)

       Quase 50 anos depois, o jornal divulga uma matéria que, em última análise, procura mal disfarçadamente reduzir os leitores a um bando de idiotas “politicamente corretos”. A falsa retratação é de um primarismo total, capaz apenas de iludir uns poucos incautos, em geral jovens desinformados. O artigo procura restringir o conhecido apoio do jornal aos militares apenas ao editorial de 2 de abril. Como se, ao longo dos vinte e um anos de regime militar, O Globo - sempre a serviço dos poderosos - não se manifestasse, diariamente, a favor dostatus quo. Basta consultar os arquivos do jornal para constatar que o “equívoco de redação” era, na verdade, uma opção doutrinária - política e ideológica - das Organizações Globo, que perdurou enquanto os militares governaram o país. Assim se constata, ao verificar que, decorridos vinte anos da deflagração do movimento de 1964, escrevia Roberto Marinho:

       “Participamos da revolução de 1964 identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada... Não há memória de que haja ocorrido aqui, ou em qualquer outro país, um regime de força, consolidado há mais de vinte anos, que tenha utilizado seu próprio arbítrio para se auto-limitar, extinguindo os poderes de exceção, anistiando adversários, ensejando novos quadros partidários, em plena liberdade de imprensa. É esse, indubitavelmente, o maior feito da revolução de 1964.” 
                                             (Julgamento da Revolução, O Globo, 07/10/84)

      O revisionismo histórico ora em curso nos meios culturais brasileiros está gerando seus esperados maus frutos. Nesse contexto, a verdade é o que menos importa. Na concepção gramiscista, ela deve ser relativizada em benefício da “causa”. É a atualização da velha máxima “os fins justificam os meios”.  A iniciativa das Organizações Globo não resiste à clareza dos fatos históricos envolvidos. Ao reverso, se reveste das mais condenáveis características de uma imprensa venal, corrompida e voltada para interesses inconfessáveis, onde, segundo os “ensinamentos” de Goebbels, a mentira repetida ao extremo facilmente é aceita como verdade.
Roberto Marinho não merece ver a sua cria sucumbir, vitimada pela Síndrome de Pinóquio.
        
                                                                           Sérgio Pinto Monteiro*
                                                                                    Professor

*o autor é professor, historiador e oficial da Reserva Não Remunerada do Exército Brasileiro. É presidente do Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil, Diretor de Cultura e Civismo da Associação Nacional dos Veteranos da FEB, membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil e da Academia Brasileira de Defesa. É autor do livro “O Resgate do Tenente Apollo” (2005 - Ed. CNOR)