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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A "Plenitude Democrática" e o uso da Democracia pelos Comunistas


A expansão mundial do comunismo começou a se realizar após a Revolução Bolchevista de 1917 na Rússia. As idéias de Marx colocadas em prática por Lennin necessitavam de um ambiente revolucionário, a fim de, inicialmente, dominar as massas e, finalmente, conquistar o poder ilimitado do Estado. Surgiu então um conflito ideológico em que as idéias comunistas se contrapõem de diversas formas e sob vários aspectos, às idéias reguladoras da sociedade. Como aspectos deste conflito ideológico verificaram-se e verificam-se (2012) uma série de tendências e fatos que corroboram a continuidade da atividade subversiva e sua estratégia para o domínio do poder.
       Dentro da linha adotada pelo blog, de debate e denuncia, passamos a expor alguns aspectos referentes a democracia e à plenitude democrática. Segundo Paula Couto (O Desafio da Subversão) a atividade subversiva se vale da “Plenitude Democrática” e se apropria da palavra “democracia”, diz o autor:


“Ao tempo dos governos do ciclo revolucionário, iniciado em 1964, periodicamente recrudesciam clamores pela “restauração da democracia” no Brasil, partida, sobretudo de círculos então oposicionistas liberais, coincidindo, porém, com os interesses dissimulados da subversão comunista.
Essa maior liberalização do regime brasileiro, nos moldes preconizados por tais elementos, pelo afrouxamento gradativo dos instrumentos de segurança, que vêm acentuando na Nova República, oferece margens crescentes para a distensão ainda maior da mola comprimida, que representa as potencialidades reprimidas da subversão. Livre dos freios que a contém, tende a adquirir, passo a passo, a desenvoltura que a caracterizava na fase pré-revolucionária de 1964.
Estudiosos do fenômeno comunista chamam a nossa atenção para o amplo uso que os comunistas sabem fazer das liberdades democráticas.
Referindo-se a “ponta do iceberg vermelho”, uma imagem usada para definir a subversão comunista, diz J.Bernard Hutton, em “Os Subversivos” (Editora Artenova R.J. 1972):
“Os serviços secretos do Ocidente e da Inglaterra sabem que ela existe, mas nada podem fazer. As leis vigentes, que protegem o direito dos indivíduos, podem ser pervertidas para proteger os culpados.”
Mencionando as dificuldades de Wilson para combater as greves manipuladas pelos comunistas, diz o autor:
“Embora Wilson citasse comunistas seriamente empenhados em transformar a greve dos marítimos em uma crise nacional, as suas ações não podiam ser legalmente condenadas e os seus motivos ocultos eram fáceis de perceber. Os membros da Câmara, que conheciam a importância dos direitos democráticos, sentiam-se obrigados a garantir os bastiões da liberdade na Inglaterra, por trás dos quais podiam esconder-se e proteger-se os subversivos.”
“Estamos mostrando fatos, e tudo isso já é do conhecimento dos estadistas do Ocidente que se vêem tolhidos pelas leis que governam suas comunidades livres e bem intencionadas, e que ficam sem saber a que meios recorrer para combater a ameaça.”
“O código da civilização das democracias do Ocidente torna as pessoas vulneráveis às táticas não civilizadas adotadas pelos subversivos. O subversivo pode fomentar a luta industrial porque as democracias respeitam a liberdade de pensamento e permitem que ele espalhe o descontentamento.”
Aí está, portanto, uma mostra expressiva dos problemas enfrentados pelas democracias liberais para enfrentar a subversão comunista, devido justamente aos excessos dessa “plenitude de liberdades” que muitos deliberadamente confundem com a eliminação completa de instrumentos legais de defesa da democracia contra a subversão, deixando o caminho livre para o pleno desenvolvimento desta última.”.
    Ainda dentro do aspecto anterior o subversivo “aproveitando-se das conotações simpáticas da palavra e do conceito, apropriam-se os comunistas do termo “democracia”, batizando com ele diversos de seus satélites, dentro da confusão semântica que tão bem cultivam. São as chamadas “democracias populares”. Já disse Lin Yutang que a maior invenção dos comunistas foi a palavra “povo”, em cujo nome tudo pode ser feito, inclusive, dizemos nós, denominar de democracia ao mais ferrenho dos totalitarismos.
O sofisma que usam é de que o Partido Comunista, partido único, é o legítimo e indiscutível representante das aspirações do povo. Portanto, estando ele no poder, o povo também está o que daria ao regime a configuração democrática.
Nem a “ponta do iceberg” representada pelas vozes de protesto dos intelectuais dissidentes, foi suficiente para abalar esse ardil, mesmo porque é difícil encontrar uma ação organizada do Ocidente no sentido de desmoralizá-lo, preferindo sofrer o ônus de ter uma de suas mais valiosas bandeiras – a democracia – usurpada pelo maior inimigo desse regime.”.
 Recentemente fatos corroboram as afirmações transcritas. Presenciamos a tentativa de certos elementos de burlar e desmoralizar o ordenamento jurídico do país protegendo-se nas liberdades democráticas. Liberdades estas que são as primeiras vítimas quando o poder absoluto e totalitário é conquistado. O "povo" e a "democracia" são usados sempre que surgem obstáculos ao plano de poder dos partidos de esquerda no Brasil, numa franca manobra de legitimar sua ações contra a sociedade livre.

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