Consequentemente, dentro da concepção global de ações
políticas, tem-se por definição, como ato político, toda e qualquer ação
militar empenhada ou empregada, sob certas circunstâncias, para salva-guarda
das instituições ante iminentes perigos de instabilidades ou de caos total
devido à baderna generalizada.
O quadro institucional vigente exige que se ponham em
prática alguns institutos previstos na Carta Maior e regulados por Leis
Especiais, há muito em desuso, para deter a ação de grupos acéfalos ou
anarquistas que fazem de violência matéria prima para desagregação da família
brasileira com o rompimento da unidade nacional.
Urge, pois, uma tomada de posição enquanto é tempo para se
calcular os graus de azimute, congregando posteriormente todas as forças vivas,
sem distinção de classes, colorações ideológicas, sexo, origens ou credos
religiosos, em mutirão nacional para obstar o avanço dos vírus aidéticos que
hora ameaçam a corroer e dizimar o ESTADO DE DIREITO DE LIBERDADES DEMOCRÁTICAS
em sua fase final de constituição sob a égide da Nova República.
A passividade e a tolerância são opostas; a prevalecer os
estados de letargias, comodismo, omissão voluntária das maiorias, deixando-se
agigantar o poder nas mãos dos maus, logo e por certo, o destino dos omissos e
imprevidentes será o calabouço.
O quadro requer, não mais medidas paliativas de sobreavisos
ou de prontidões, mas de emprego de ação eficaz e fulminante para deter a
desordem.
Não mais se admite que grupos organizados, saiam em bandos
pelas ruas, sob palavras de ordem, para incitar as massas populares a fazer
saques em estabelecimentos comerciais e a promover badernaços; bandos que
praticam táticas de guerrilha urbana, contidas em cartilhas de guerrilha
amplamente vendida livremente em quase todas as bancas de jornais e livrarias;
táticas essas de obstrução de vias ou logradouros públicos, perturbando o
direito de ir e vir de cada cidadão. E, o pior de tais bandos, se auto
intitulando porta-vozes das maiorias, agridem fisicamente as pessoas de bem,
por não aderirem aos seus atos de violência.
Assim, diante da grave situação política existente, não
resta outra alternativa para a sociedade, senão a criação da LOGÍSTICA CIVIL,
como forma de organização cívica com núcleo em todo o Território Nacional, sob
coordenação única, para repudiar ou neutralizar os excessos das minorias.
Para reivindicar das autoridades a decretação do Estado de
Emergência ou do Estado de Sítio como institutos de salva-guarda do regime. E,
a posteriori, quando se esgotarem todas as providências legais, partir-se-á
então para alternativas extralegais, solicitando o apoio da LOGÍSTICA MILITAR,
para desfecho de um golpe cívico-militar, o qual, por definição, subentende-se
como ato político, representando a mais alta patente e duradoura manifestação
de fibra humana, sob forma de violência, pertinente ao exercício de toda e
qualquer atividade política.
Rio de Janeiro, julho de 1987
Dr. João José da Silva e
Dr. Esdras Bernardino Ribeiro
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