No final da década de
1970 o sindicalismo voltava como movimento representativo dos trabalhadores,
principalmente os metalúrgicos de São Paulo. Eles estavam se organizando e
tomando o espaço político deixado vago pelo Comando Geral dos Trabalhadores
(CGT) desde março de 1964. O Concílio de Puebla realizado no México externava a
posição da Igreja Progressista e a doutrina da Teologia da Libertação. No Brasil a anistia e o fim do período do
Governo Militar davam liberdade para que movimentos de esquerda voltassem a
atuar fora da clandestinidade. Neste cenário conturbado por greves, muitas
delas de cunho político ideológico, surgiu o Partido dos Trabalhadores (PT).
O PT foi fundado no dia
10 de fevereiro de 1980, no Colégio Sion, em São Paulo. Logo
sobrepujou os partidos nominalmente comunistas, que, dada a sua origem e
formação sindical, conseguia superá-los no aliciamento e no controle das
massas. Esse crescimento foi amplamente auxiliado pela Igreja Progressista, que
com suas idéias, o apelo e o carisma que a instituição Igreja possui, atraia
grandes segmentos da população para a luta por objetivos temporais seguindo a
doutrina da Teologia da Libertação.
O Partido, liderado por
Luiz Inácio Lula da Silva e outras lideranças de trabalhadores, é eminentemente
revolucionário. No início contou com a adesão de várias lideranças ideológicas,
stalinistas, trotskistas, militantes do clero progressista, marxistas e outros
extremistas, que estavam insatisfeitas com a linha mais branda adotada pelo
Partido Comunista (PC) no Brasil. A convicção e a determinação com que os
líderes do PT anunciam seu objetivo maior de conquistar do poder, a serviço do
socialismo marxista, mostram o caráter fanático de seus filiados.
Segundo João Amazonas:
“No momento de reorganização dos partidos políticos, os trotskistas de
diferentes tendências, sem exceção, integram-se maciçamente ao Partido dos
Trabalhadores. Cobrindo-se com a bandeira do PT, tratam de ligar-se às massas.
Com o tempo e astúcia foram se assenhoreando de posições importantes nesse
partido, que surgira de lideranças sindicais envolvidas nas lutas grevistas de
78/80, sem experiência política”. O Partido dos Trabalhadores foi oficialmente
reconhecido como partido político pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral
no dia 11 de fevereiro de 1982.
Continuando com seu
crescimento o PT, valendo-se de sua cúpula oriunda do sindicalismo, cria a
Central Única dos Trabalhadores (CUT), que foi fundada em 28 de agosto de 1983,
na cidade de São Bernardo do Campo, em São Paulo , durante o 1º Congresso Nacional da
Classe Trabalhadora (CONCLAT). A CUT é hoje a principal ferramenta do PT para
mobilização das massas, controlando vários sindicatos representativos, sendo
capaz de organizar greves políticas, que causam prejuízos à população e ao País.
Por esse motivo e para a manutenção deste controle a CUT sempre se posicionou
contra a elaboração de um pacto social.
Hoje o PT esta no poder a
dez anos e continua executando seu plano a serviço do socialismo marxista,
insistindo em uma ideologia que já se mostra obsoleta e inadequada para a
sociedade atual. Uma ideologia reprovada pela Rússia e moldada pela China.
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