Em 1988 o Brasil estava em polvorosa. A
Constituinte terminava seus trabalhos e era apresentada a
Nova Constituição. Um ano antes foi idealizada a Logística do Golpe. João José
da Silva e Esdras Bernardino Ribeiro, ambos advogados atuantes no Rio de Janeiro,
ambos militares da reserva do Exército Brasileiro, analisavam a situação
política e social reinante, avistando muitas incertezas no horizonte que se
avistava. Este ambiente os levou a elaborar um esquema de denúncia de ações que
estavam em andamento contra o progresso e as liberdades conseguidas, até então,
a tão duras penas.
Surgia então a Logística
do Golpe, que é descrita por dois textos iniciais. “A Logística do Golpe” e “A
Logística do Golpe – Objetivos”. Estes textos foram inicialmente enviados às
lideranças políticas da época e despertaram a curiosidade de umas e o interesse
de outras, que logo se engajaram. A ideia era a de divulgar textos isentos, em
forma de tese, que receberiam uma roupagem do vocabulário jurídico. Estes
textos se propunham a “deter, a priori, o avanço das esquerdas através de
método persuasório e intimidatório, com a diminuição, inclusive, dos espaços
cedidos a elas por alguns veículos de comunicações e conter o maniqueísmo da
direita, contrário à “modus vivendi”, no regime pluralista-democrático”.
Passados vinte e seis
anos de seu surgimento a Logística do Golpe se mostra atual como testemunha de
um período em que os temores dos amantes da justiça e da liberdade daquela
época se concretizam e caminham para a confirmação tão temida. As observações
previamente apresentadas se confirmaram e uma hegemonia da esquerda no Brasil
se tornou uma verdade, uma verdade que ainda caminha na direção indicada pelo
projeto de Poder inicialmente adotado. Diante disso, aproveitando as facilidades
de comunicação e divulgação dada à população através das redes sociais retorna
ao cenário das idéias a Logística do Golpe.
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