O conhecimento traz a
luz. O texto a seguir foi tirado do livro que estou lendo. O autor, A.J. Paula
Couto, escreveu vários livros que atacavam o PT, porém, o conteúdo destes
livros traz, além disto, um conhecimento básico interessante e que desperta
ilumina o raciocínio e aguça a curiosidade e a capacidade de questionamento.
Postei um texto que
abordava a Guerra Política e a Subversão. O texto a seguir é uma continuação
que aponta o conhecimento do comunismo como principal meio de evitar seus
malefícios. Ele é cópia do item cinco da segunda parte do livro “O desafio da
subversão”:
“5. CONHECIMENTO DAS TÉCNICAS SUBVERSIVAS
COMUNISTAS – ou – CONHECIMENTO DO PERIGO.
Os franceses, que a cerca
de trinta anos, em suas experiências na Argélia e na Indochina, detectaram um
novo tipo de guerra – a Guerra Revolucionária – dentro da qual se inserem a
Guerra Política e a subversão -, ao estudarem as condições necessárias ao
combate a tal tipo de guerra, colocaram entre elas, em lugar de destaque, o
conhecimento pelas elites e pelo público, das hábeis técnicas empregadas pelos
subversivos. Desta maneira uns e outros se precaveriam contra o seu
envolvimento por elas, muitas das quais caracterizadas por extrema malícia e
sutileza, por isso mesmo capazes de recrutar tantos auxiliares para o
comunismo. Frize-se, por oportuno, que muitos destes se dizem ardorosos
defensores da democracia, a mais liberal possível, o que não os impede, por
injustificáveis inocências e desconhecimento, de se aliarem aos maiores
inimigos da democracia, sobretudo a liberal, que só interessa a estes, e muito,
na medida em que lhes dá a mais ampla liberdade para o desenvolvimento de suas
atividades subversivas.
Vejamos como a isso se
referem os estudiosos.
DOUGLAS HYDE, em “O Assalto Pacífico” (Editora
Fundo de Cultura Brasil-Portugal):
“...os comunistas...aceitam a afirmação de que o
comunista triunfará sobre todos os outros sistemas sociais e econômicos
existentes... Sem dúvida será possível provar-lhes que estão equivocados,desde
que não são somente os comunistas que fazem a história. Mas é
incontestavelmente necessário que aqueles que não são comunistas saibam que
isto é o que eles pensam e compreendam porque pensam desta maneira.” (13)
DAVID GAÇLULA, em “Contra-Rebelião - Teoria e
prática” (Edições GRD – RJ), ao relacionar as condições que tornaram um corpo
político resistente à subversão, aponta entre elas o “Conhecimento da guerra
contra-revolucionária da parte dos líderes contra-rebeldes. Não basta que os
líderes contra-rebeldes sejam resolutos; devem também conhecer a estratégia e
as táticas necessárias para combater a rebelião.” (37)
FRED SHWARZ, em “Você pode confiar nos
comunistas...” (Dominus Editora – São Paulo) “É possível detestar profundamente
o comunismo,e, ao mesmo tempo, servi-lo fielmente e bem.” (188) Esta
contradição, segundo o autor, resulta do desconhecimento do que seja o
comunismo e, principalmente, das técnicas que usa para ludibriar e atrair os
incautos.
“Quando se encontra gente
preocupada e motivada deve-se fornecer-lhes esclarecimentos. Uma das formas de
fazê-lo é através da literatura. A literatura sobre o comunismo é abundante.
Deve ser estudada. Em círculos de estudos, onde as discussões ajudam a
compreensão melhorada, obtém-se desenvoltura apreciável. Não há substitutivo
para o conhecimento específico.” “O comunismo deveria ser ensinado nas escolas,
mas deveria ser ensinado sob diretrizes morais. Ensinado não como alternativa
de filosofia econômica, mas com sistema de tirania. O objetivo do ensinamento
seria proteger os estudantes contra as sutilezas fraudulentas da dialética
comunista...” (189) {comentário do autor em 1989 – (3) até hoje, (1989) no
Brasil, esta observação continua atualíssima, pois as entidades estudantis, em
sua maioria, são dominadas pela esquerda radical, que ignorou a autocrítica de
Gorbachev.}
Entre as condições
necessárias para combater a subversão comunista inclui o “Conhecimento”. Sob
este título, frisa ele a importância de que se dêem conhecimentos básicos sobre
o comunismo, evitando o perigo das informações unilaterais, que podem fornecer
ângulos simpáticos à doutrina. Ressalta, ainda, a importância de tornar claro
que na luta ideológica de nossos dias, não há como fugir ao dilema básico:
Liberdade ou Escravidão.
A.C. PACHECO E SILVA, em “A Guerra Subversiva em
marcha.” (Fórum Roberto Simonsem – Vol. XVI – Centro das Indústrias do estado
de São Paulo.): “As forças armadas e a polícia não podem,por si sós, preservar
o país da ameaça da guerra revolucionária. É preciso que cada cidadão consciente
procure combate-la, neutraliza-la, esclarecendo a todos as suas finalidades e
os perigos que ela representa para a nossa soberania... Entre nós, muitos são
levados a pensar que a guerra revolucionária é um fenômeno espontâneo,
conseqüente ao sofrimento, às privações e às frustrações das massas populares,
que se rebelam procurando alcançar uma melhor sorte ou conseguir reivindicações
que considerem justas. A experiência demonstra que isto não é bem exato. A
guerra revolucionária é inteiramente artificial e pré-fabricada. Sua verdadeira
causa reside na disposição de uma organização política totalitária de
conquistar o poder pela força, pela violência.” (50)
“A população deveria ser
alertada quanto a existência de um propósito subversivo e das suas graves conseqüências,
que levariam o país ao caos ou a um regime de força, com o cerceamento das
liberdades democráticas. É preciso ter vontade firme e perseverante de vencer a
subversão e, para isso, é preciso se ter consciência exata do perigo que ela
representa e acreditar nos valores que ela visa destruir ou anular.” (52)
REINHARD GEHLEN, em “O serviço secreto” (Biblioteca
do Exército Editora e Editora Artenova S.A.): “O papel dominante desempenhado
pela ideologia soviética é em geral desprezado e não merece crédito. Estou
convencido que somente um amplo e completo conhecimento do inimigo pode
proteger-nos...” (296)
ROBERT MOSS, em “O colapso da democracia” (Editora
Nórdica Ltda. 1978): “A defesa da liberdade... envolverá a publicação e a
disseminação de todo o material disponível a respeito dos perigos atuais para
as democracias e a respeito do caráter das táticas totalitaristas, bem como
suas ideologias.” (220)
ROCKFELLER BROTHERS FUND, em “O Poder da Idéia
Democrática”: “... os homens podem aperfeiçoar as sociedades em que vivem se
lhes forem revelados os fatos e se tiverem liberdade para comparar as coisas
estabelecidas com a sua visão das coisas como deveriam ser.” (12)
HERMES DE ARAÚJO OLIVEIRA, em “Guerra
Revolucionária”: “Os governantes em geral, não acreditam na realidade da Guerra
Revolucionária e, pois, não percebem o trabalho surdo que se desenvolve nas
suas 1ª e 2ª fases; confundem os “fatores favoráveis” (contradições internas)
com a causa determinante da agitação,que é a organização revolucionária.”
GEORGES ALBERTINI, em “Ação Repressiva dos Poderes”
(Mensário de Cultura Militar, set/out 61): Referindo-se a necessidade do
conhecimento do mecanismo da Guerra Política, diz: “É tudo isso que o Ocidente
precisa aprender, para que, finalmente, deixe de ser envolvido pelas
iniciativas do Mundo Comunista. Não se trata de transformar nossos magistrados,
nossos diplomatas e nossos políticos, em agitadores profissionais, à semelhança
dos que existem no Oriente. Trata-se de ensinar-lhes o que o comunismo representa,
como age e como lhe resistir. Trata-se de fazer compreender por toda a parte,
que esse empreendimento gigantesco não pode ser combatido ideologicamente, nem
pela refutação de Marx, nem por sua adaptação ou adoção, pois Marx nada tem a
ver com essa luta. Essa ideologia bolchevista, que outra coisa não é senão uma
monstruosa maneira de assaltar e conservar o poder, fundamentada em um
materialismo básico, irreconciliavelmente incompatível com a essência mesma de
nossa civilização espiritual, deve ser conhecida pelas elites do Ocidente em
sua verdadeira significação.”
A.J. Paula Couto
“O Desafio da Subversão”
1ª Edição – 1990”
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