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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

CONGRESSO NACIONAL: A busca da “legalidade” para se construir o totalitarismo de uma Pátria Grande.

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) deu muito trabalho e teve bastante oposição, principalmente do PT. Basicamente ela tenta regular os gastos da administração pública equilibrando o que é arrecadado com o que é gasto em ações e projetos desta mesma administração. Não permite gastar mais do que se arrecada. Dentro deste escopo estou assistindo neste final de ano (nov/2014) uma ação, no mínimo estranha, acontecendo no Congresso Nacional.



Ontem, dia 1 de novembro, a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), criada para examinar e emitir parecer sobre os projetos de lei das diretrizes orçamentárias, projetos de lei orçamentária anual e seus créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; aprovou o projeto de lei que autoriza o governo a descumprir a meta de economia para pagamento de juros da dívida pública. O projeto altera a LRF/LDO para beneficiar o governo na situação econômica que as suas contas se encontram hoje.
Por mais escandaloso que possa parecer isso mostra a situação em que se encontra a Instituição Congresso Nacional hoje. As duas casas estão “aparelhadas” de uma maioria que se mostra capaz de votar contra uma lei existente, a fim de atingir objetivos governamentais ainda nebulosos, mas que têm sido denunciados e pouco considerados pelo povo em geral. Tentam tornar legal o ilegal.
Onde isso se encaixa nos planos de poder do PT? Encaixa-se na busca da “legalidade”. A “maioria” representativa do Congresso vota de acordo com os desígnios do ParTido e o valor pago pelo seu voto. Esse é o tipo de corrupção que o “mensalão” revelou, mas que ainda continua escondida na aprovação de verbas para projetos, designação de cargos e comissões. Corrupção que golpeia constantemente as liberdades que o País conseguiu ao longo dos últimos 35 anos. Corrupção que serve de fonte de verbas para a manutenção do Poder em todos os níveis.



A mesma “legalidade” serve de escudo contra qualquer manifestação de desagrado ou contrária aos desígnios do “ParTido”. Rotula qualquer oposição como golpe. Impede a manifestação popular. Defende uma “democracia” que só serve aos valores distorcidos de uma minoria atuante.
“Legalidade” que nos faz chegar ao cenário atual, que se apresenta com empresas nacionais e estrangeiras ganhando dinheiro público à custa de contratos superfaturados, licitações fraudulentas e outras ilegalidades. Ilegalidades que beneficiam unicamente aos interesses do ParTido no poder. Legisladores corrompidos que aprovam leis de acordo com os desejos de um único ParTido em detrimento da população. Corrompidos que são pelo dinheiro angariado nestas mesmas licitações. Podemos esperar para breve um embate social onde o povo, elo mais fraco desta corrente social, será oprimido pela carestia, fome, doença e miséria. Neste instante a revolta popular não terá efeito. Será reprimida com violência e já não existirão as liberdades. Seus defensores serão caçados e mortos. Pagaremos pela nossa indulgência coletiva, como Bolivianos, Venezuelanos e, muito em breve, Argentinos estão pagando e pagarão.



Caso não tenham percebido, a implantação de uma nova sociedade totalitária, sem liberdades nem valores, já começou. O PT não é mais um problema é uma ameaça. Sua rede esta se tornando sólida e logo suas vulnerabilidades serão inatingíveis. Estará assim englobado mais um estado à Pátria Grande*.

Júlio Cezar Barreto Leite da Silva
Capitão-de-Mar e-Guerra (RM1)
19 de novembro de 2014



* Pátria Grande – termo criado pelo argentino Manuel Ugarte em seu livro (la Patria Grande – Manuel Ugarte -1922), que defendia a unificação da América de língua espanhola em um grande país. Recentemente surgiram debates em que voltou a tona sua teoria, modificada com a inclusão do Brasil como um dos Estados componentes.

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