Entramos em 2013. As festas foram umas espécies de
período “sabático” para todos. Período em que tivemos tempo para pensar. Pensar
em nada! Passamos de ano sem resolver nossa posição na sociedade. Resolver como
seria o bem viver social.
Já
como primeiras noticias do ano testemunhamos a posse de novos prefeitos e
câmaras municipais. Testemunhamos a quebra de promessas e a nossa inação
consciente. São preços de passagens, impostos, taxas e outros que se erguem
para tolher o cidadão em alguns dos seus Direitos. Testemunhamos as primeiras
tragédias com mortes e dores desnecessárias.
Passa o ano e constato que cada vez mais aumenta a
ação das minorias no Brasil e cada vez mais aumenta o fenômeno da “Maioria
Silenciosa”. Ela, a Maioria Silenciosa, é composta por pessoas e organizações
que, embora alimentem convicções genuinamente democráticas, permanecem passivas
diante da metódica e contínua restrição das liberdades individuais e coletivas.
É incapaz de gritar por suas posições e convicções.
Algumas causas ficam evidentes quando analisamos o porquê
da existência da “Maioria Silenciosa”, mas a principal delas é a ausência de um
poder aglutinador é a carência de instituições e lideranças, que sejam capazes
de defenderem as posições, princípios e tradições da sociedade contra as
imposições do totalitarismo demagógico. Um poder aglutinador que tenha a mesma
convicção e a mesma formação das lideranças menores, que tanto influenciam nos
dias atuais.
O Brasil encontra-se encurralado por minorias
audaciosas e aparelhadas, que ocupam significativas posições no Governo,
impondo suas aspirações. A corrupção aparece diante de todos sem gerar qualquer
ação. Ações legais são tomadas a despeito da moralidade que as envolve. Sob a
alegação das garantias constitucionais e da proteção dos direitos individuais, verdadeiros atentados às bases da sociedade são cometidos. Condenados da
justiça assumem cargos representativos amparados pelo frio traço da lei.
Esperarão a hora de cumprirem suas condenações sentados nas cadeiras da Câmara
e do Senado. Utilizarão a situação para desafiar e contrariar princípios
sociais consagrados como moral e ética. A lei esta sendo usada como instrumento
de objetivos inescrupulosos. Usam a força secreta das minorias atuantes.
A pergunta é qual o segredo da força de tais
minorias, o que faz o menor número se impor, de forma paradoxal, à maioria?
Maioria reduzida à condição de silêncio e passividade. O segredo esta no
radicalismo ideológico em que foram selecionados e recrutados, esta no aparelhamento
do Estado em todos os escalões e poderes sob o cobertor da legalidade e da
corrupção, esta no “bombardeamento ideológico” com clichês e palavras de ordem,
que transforma cada indivíduo colocando-os na defensiva quanto a rótulos,
discriminação e opinião livre. Hoje o “Politicamente Correto” nos inibe o
raciocínio e a contestação. Hoje a moral e os costumes são distorcidos no
sentido de aumentar a separação da sociedade e o silêncio das maiorias. As
verossimilhanças são usadas para isolar as opiniões discordantes do caminho
totalitário em direção ao poder absoluto. É uma situação constante de luta.
Comemoramos a chegada de 2013, será que nos
conscientizamos da nossa real posição social? Será que a sociedade em que
vivemos tem a liberdade que queremos? Poderemos dizer o que quisermos em 2013
sem sermos rotulados ou fazemos parte dessa Maioria Silenciosa, que caminha
para a opressão e prisão social?
Vamos refletir. Feliz 2013!
Júlio Cezar Barreto Leite
da Silva
Capitão-de-Mar-e-Guerra
(RM1)
Mestre em Ciência da
Computação
3 de janeiro de 2013
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