O texto abaixo foi divulgado na rede há algum
tempo. Falava da questão da demarcação das terras indígenas, das terras quilombolas
e das conseqüências potenciais de sua concretização. Falava das questões
ambientalistas e seu uso com objetivos espúrios. Falava das ações do MST e
colocava tudo isso em um contexto organizacional de planejamento. Apresenta
grandes Grupos Financeiros Londrinos e suas manobras na busca das riquezas
minerais.
Não fosse o Coronel Gélio conhecedor do assunto,
pois atuou na área do serviço de inteligência na região Amazônica, elaborou
relatórios como o do GTAM, Grupo de Trabalho da Amazônia, toda essa estória não
passaria de especulação e não mereceria nenhum crédito. Não é isso que vemos
hoje. Vemos um governo autoritário que mantém uma posição amistosas em relação
a todos estes assuntos.
As estratégias são claras: dividir o povo, explorar
as insatisfações do povo e desacreditar as instituições estabelecidas através
da infiltração e do aparelhamento. Criar a divergência, o antagonismo. Tudo
isso busca garantir a permanência no Poder e o caminho para um governo Totalitário.
Boa leitura.
"A
TRÊS PASSOS DA GUERRA CIVIL
Os rumos que seguimos apontam para a probabilidade
de guerra intestina.
Falta ainda homologar no congresso e unir as várias
reservas indígenas em uma gigantesca, e declarar sua independência. Isto não poderemos
tolerar. Ou se corrige a situação agora ou nos preparemos para a guerra.
Quase tão problemática quanto a questão indígena é
a quilombola. Talvez desejem começar uma revolução comunista com uma guerra
racial.
O MST se desloca como um exército de ocupação. As
invasões do MST são toleradas, e a lei não aplicada. Os produtores rurais,
desesperançados de obter justiça, terminarão por reagir. Talvez seja isto que o
MST deseja: a convulsão social. Este conflito parece inevitável.
O ambientalismo, o indianismo, o movimento
quilombola, o MST, o MAB e outros similares criaram tal antagonismo com a
sociedade nacional, que será preciso muita habilidade e firmeza para evitar que
degenere em conflitos sangrentos.
Pela primeira vez em muito tempo, está havendo
alguma discussão sobre a segurança nacional. Isto é bom, mas sem identificarmos
corretamente as ameaças, não há como nos preparar para enfrentá-las.
A crise econômica e a escassez de recursos naturais
poderão conduzir as grandes potências a tomá-los a “manu militari”, mas ainda
mais provável e até mais perigosa pode ser a ameaça de convulsão interna provocada por três componentes básicos:
— a divisão do povo brasileiro em etnias hostis;
— os conflitos potenciais entre produtores
agrícolas e os movimentos dito sociais;
— e as irreconciliáveis divergências entre
ambientalistas e desenvolvimentistas.
Em certos momentos chega a ser evidente a demolição das estruturas políticas,
sociais, psicológicas e religiosas, da nossa Pátria, construídas ao largo
de cinco séculos de civilização cristã. Depois, sem tanto alvoroço, prossegue
uma fase de consolidação antes de nova investida.
Isto ainda pode mudar, mas infelizmente os rumos
que seguimos apontam para a probabilidade de guerra intestina. Em havendo,
nossa desunião nos prostrará inermes, sem forças para nos opormos eficazmente
às pretensões estrangeiras.
A ameaça de conflitos étnicos, a mais
perigosa pelo caráter separatista
A multiplicação das reservas indígenas, exatamente
sobre as maiores jazidas minerais, usa o pretexto de conservar uma cultura
neolítica (que nem existe mais), mas visa mesmo a criação de “uma grande nação” indígena. Agora
mesmo assistimos, sobre as brasas ainda fumegantes da Raposa-Serra do Sol, o
anúncio da criação da reserva Anaro, que unirá a Raposa/São Marcos à Ianomâmi.
Posteriormente a Marabitanas unirá a Ianomâmi à Balaio/Cabeça do Cachorro,
englobando toda a fronteira Norte da Amazônia Ocidental e suas riquíssimas
serras prenhes das mais preciosas jazidas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWbi-Z3bE-VsAWnuKP2_VgI7Hnb1ONgQ1hMQU7f6zsamS1WEBKcrGHrlb6CbMjDqzMUIk98RokH6HGhTbo9-H23eZq7VjfdUrMBQEwME_ZbIBZHYskhYfYgh-9NQwDNSGXNRTpvhQhdsBW/s400/Reservas+Indigenas+e+Jazidas.jpg)
O problema é mais profundo do que parece; não é
apenas a ambição estrangeira. Está também em curso um projeto de porte
continental sonhado pela utopia neomissionária tribalista. O trabalho de
demolição dos atuais Estado-Nações visa a construção, em seu lugar, da Nuestra América, ou Abya Yala,
idealizado provavelmente pelos grandes grupos
financistas com sede em Londres, que não se acanha de utilizar quer os
sentimentos religiosos quer a sede de justiça social das massas para conservar
e ampliar seus domínios.
O CIMI, organismo subordinado à CNBB, não cuida da
evangelização dos povos indígenas segundo o espírito de Nóbrega, Anchieta e
outros construtores de nossa nação. Como adeptos da Teologia da Libertação,
estão em consonância com seus colegas que atuam no continente, todos empenhados
na fermentação revolucionária do projeto comuno-missionário Abya Yala.
O processo não se restringe ao nosso País, mas além
das ações do CIMI, a atuação estrangeira está clara:
— Identificação das jazidas: já feito;
— atração dos silvícolas e criação das reservas
sobre as jazidas: já feito;
— conseguir a demarcação e homologação: já feito na
maior parte;
— colocar na nossa Constituição que tratados e
convenções internacionais assinados e homologados pelo congresso teriam força
constitucional, portanto acima das leis comuns: já feito;
— assinatura pelo Itamarati de convenção que
virtualmente dá autonomia à comunidades indígenas: já feito.
Falta ainda homologar no congresso e unir as várias
reservas em uma gigantesca e declarar a independência, e isto não poderemos
tolerar. Ou se corrige a situação agora ou nos preparemos para a guerra.
O perigo não é o único, mas é bastante real. Pode,
por si só, criar ocasião propícia ao desencadeamento de intervenções militares
pelas potências carentes dos recursos naturais — petróleo e minérios, quando o
Brasil reagir.
Quase tão problemática quanto a
questão indígena é a quilombola
A UnB foi contratada pelo Governo para fazer o mapa
dos quilombolas. Por milagre, em todos os lugares, apareceram “quilombolas”. No
Espírito Santo cidades inteiras, ameaçadas de despejo. Da mesma forma em Pernambuco. A
fronteira no Pará virou um quilombo inteiro.
Qual o processo? Apareceram uns barbudos de
piercings no nariz, perguntando aos afro-descendentes: "O senhor mora
aqui?" "Moro." "Desde 1988?" (o quilombola que
residisse no dia da promulgação da Constituição teria direito à escritura).
"Sim". "Quem morava aqui?" “Meu avô." "Seu avô
por acaso pescava e caçava por aqui?" "Sim” “Até onde?"
"Ah, ele ia lá na cabeceira do rio, lá naquela montanha." "Tudo
é seu." E escrituras centenárias perdem o valor baseado num direito que
não existe. Não tenho certeza de que isto não seja proposital para criar
conflitos.
Tem gente se armando, tem gente se preparando para
uma guerra. Temos de abrir o olho também para esse processo, que conduz ao ódio
racial. Normalmente esquerdistas, talvez desejem começar uma revolução
comunista com uma guerra racial.
Certamente isto vai gerar conflitos, mas até agora
o movimento quilombola não deu sinal de separatismo.
Os Conflitos Rurais — talvez os
primeiros a eclodir
O MST se desloca como um exército de ocupação,
mobilizando uma grande massa de miseráveis (com muitos oportunistas), dirigidos
por uma liderança em parte clandestina. As invasões do MST são toleradas e a
lei não aplicada. Mesmo ciente da pretensão do MST de criar uma “zona livre”,
uma “república do MST” na região do Pontal do Paranapanema, o Governo só contemporiza;
finge não perceber que o MST não quer receber terras, quer invadi-las e tende a
realizar ações cada vez mais audaciosas.
É claro que os produtores rurais, desesperançados
de obter justiça, terminarão por reagir. Talvez seja isto que o MST deseja; a
convulsão social, contando, talvez, com o apoio de setores governamentais como
o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Segundo Pedro Stédile: “O interior do
Brasil pode transformar-se em uma Colômbia. A situação sairá de controle,
haverá convulsões sociais e a sociedade se desintegrará.”
Este
conflito parece inevitável. Provavelmente ocorrerá num próximo governo, mas se
ficar evidente a derrota do PT antes das eleições, é provável que o MST
desencadeie suas operações antes mesmo da nova posse.
O ambientalismo distorcido, principal
pretexto para uma futura intervenção estrangeira
Já é consenso que o ambientalismo está sendo usado para impedir o progresso, mesmo matando
os empregos Caso se imponham os esquemas delirantes dos ambientalistas dentro
do governo, com as restrições de uso da terra para produção de alimentos, um
terço do território do País ficará interditado a atividades econômicas
modernas.
Há reações, dos ruralistas no interior do País, nas
elites produtivas e até mesmo em setores do governo, mas as pressões
estrangeiras tendem a se intensificar. Se bem que raramente o meio ambiente
serviu de motivo para guerra, hoje claramente está sendo pretexto para futuras
intervenções, naturalmente encobrindo o
verdadeiro motivo, a disputa pelos escassos recursos naturais.
No momento em que a fome ronda o mundo, o movimento
ambientalista, a serviço do estrangeiro,
mas com respaldo do governo e com apoio de uma massa urbana iludida, chama
de “terra devastada” àqueles
quadrados verdejantes de área cultivada, que apreciamos ver na Europa e nos
Estados Unidos, e impede a construção de hidrelétricas para salvar os bagres.
Com a entrada da Marina Silva na disputa eleitoral, nota-se, lamentavelmente,
que todos os candidatos passarão a defender o ambientalismo, sem pensar se é
útil para o País.
A três passos da guerra civil
O ambientalismo, o indianismo, o movimento
quilombola, o MST, o MAB e outros similares criaram tal antagonismo com a
sociedade nacional, que será preciso muita habilidade e firmeza para evitar que
degenere em conflitos sangrentos.
Várias fontes de conflito estão para estourar,
dependendo da radicalização das más medidas, particularmente do Ministério da
Justiça:
— Roraima não está totalmente pacificada;
— o Mato Grosso do Sul anuncia revolta em função da
decisão da Funai em criar lá novas reservas indígenas;
— no Rio Grande, os produtores rurais pretendem
reagir às provocações do MST;
— Santa Catarina ameaça usar a PM para conter a
fúria ambientalista do ministro Minc, que queria destruir toda a plantação de
maçã.
Uma vez iniciado um conflito, tudo indica que se
expandirá como um rastilho de pólvora. Este quadro, preocupante já por si, fica
agravado pela quase certeza de que, na atual conjuntura da crise mundial o nosso País sofrerá pressões para ceder
suas riquezas naturais — petróleo, minérios e até terras cultiváveis — e
estando dividido sabemos o que acontecerá, mais ainda quando uma das facções se
coloca ao lado dos adversários como já demonstrou o MST no caso de Itaipu.
Bem, ainda temos Forças Armadas, mas segundo as
últimas notícias, o Exército (que é o mais importante na defesa interna) terá
seu efetivo reduzido. Será proposital?
Que Deus guarde a todos vocês."
Gelio Fregapani
Coronel do Exército
Escritor
19 de novembro de 2009