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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Teoria da Conspiração – Terminada a logística do golpe é apresentada a conspiração teorizada – Reflexões sobre o Brasil de hoje.

A guerra suja usa como mecanismos de ação a propaganda, a infiltração, a corrupção, a sabotagem, as sublevações e a guerrilha, atuando no meio da sociedade e evitando o engajamento militar, comuns a uma guerra convencional.
Num passado conhecido pela maioria dos brasileiros, diante da repressão do governo, os subversivos optaram pela guerrilha e combateram o governo sem nenhum escrúpulo em atacar e oprimir as populações da região do Araguaia. Depois da derrota recolheram-se ao exílio e a clandestinidade. Foi quando adotaram uma nova estratégia de convivência pacífica. Neste período a propaganda e a infiltração foram os principais mecanismos, que possibilitaram a divulgação e o endoutrinamento de milhares de pessoas. Doutrinamento alicerçado na colocação dos valores comunistas em oposição aos valores vigentes e na desmoralização do Estado, suas Instituições e suas ações. Seguiu-se o aparelhamento progressivo do ambiente estudantil com a cooptação de "inocentes úteis" e intelectuais para reforço do seu endoutrinamento. Apesar da repressão da censura, sempre criticada e atacada pelos subversivos, o endoutrinamento e a desmoralização das instituições e tradições do Estado se efetivaram. Fatos recentes comprovam o sucesso deste processo de endoutrinamento e cooptação.
 Há um tempo atrás slogans como o “Comunismo não existe!”, “Isso é coisa de Direita” e “Teoria da conspiração” eram usados sistematicamente para reprimir qualquer tipo de manifestação inquisitória ou que fizesse referência às ações subversivas ocultas, que preparavam a conquista total do poder. Ser de direita era sinônimo de torturador. Ser de direita era uma posição execrável na maioria dos grupos. Quem não concordasse ou apoiasse as idéias massificadas era inimigo do povo. O militar era visto com um respeito cada vez menor, era espezinhado e ridicularizado. Buscavam sua exclusão social com apelidos e jargões vexatórios. O revanchismo e o sucessivo arrocho salarial e orçamentário neutralizaram a voz da caserna, aprisionando nos quartéis sua brasilidade. As articulações transcorriam e transcorrem através dos mesmos elementos de outrora, hoje no poder e com Poder de mudar em prática a Teoria da Conspiração.
Hoje em dia o sucesso desta estratégia é visível. Ensaios de manobra dos aparelhos infiltrados no Estado podem ser percebidos nos constantes desafios e proposições políticas que vem sofrendo o País. Os subversivos não ficaram parados. Continuam executando suas ações de propaganda e corrupção. O Legislativo e o Executivo estão aparelhados até os níveis mais baixos. O Poder Legislativo esta corrompido na totalidade de suas câmaras, com manobra de verbas e leilão do orçamento. O Congresso fortalece o governo na elaboração e aceitação das leis. O processo eletivo foi modificado e hoje pode estar manipulado no nível de decisão de uma eleição, o voto. Mensalões financiados pelo erário público e por propinas extorquidas da iniciativa privada, com impostos exorbitantes e arrocho fiscal, alimentam os partidos. Processos fraudulentos de licitação e contratação de serviços de "amigos" do governo são a cada dia mais conhecidos e comuns. A propina de 40% esta institucionalizada. O executivo esta aparelhado e domina empresas como a Petrobrás, a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e outras, cujos cargos servem de moeda de troca na obtenção de apoio político, benefícios eleitorais particulares, enriquecimento ilícito e financiamento partidário. O uso da especulação financeira, com a farsa do pré-sal e os leilões de áreas petrolíferas sabidamente inatingíveis, é mais uma constatação de toda essa artimanha na busca do Poder incondicional.
A Logística do Golpe já esta preparada. Faltam alguns itens importantes como a neutralização das FFAA, o aparelhamento do Poder Judiciário e a sua cooptação, a neutralização das capacidades investigativas das polícias e do Ministério Público contra o governo, o controle da imprensa em geral englobando todos os campos da mídia e, por fim, a modificação da Constituição com sua substituição por outra que se adeque as pretensões ideológicas e de conservação do Poder, almejadas pelos revolucionários de ontem.
Os sinais e as artimanhas são visíveis. O partido da maioria (PT) propõe debates e discussão de assuntos completamente distantes e diferentes do interesse da população, usando deste processo para modificar as leis ao seu modo. Enquanto isso necessidades básicas e importantes como educação, saúde, moradia, transporte e trabalho são negligenciadas e ocultas sob um manto de marketing e valorização mentirosa, impedindo assim o conhecimento da situação pela população e garantindo uma popularidade eleitoreira.
O povo foi às ruas e mais uma vez os aparelhos de repressão atuaram. A mídia comprometida, a milícia oficial e extra oficial contratada, a Agência de Informações e o auxilio das Forças Nacional e Policial Militar dos estados montaram e apresentaram um cenário de "vandalismo" e tentaram justificar a truculência policial. Enquanto isso atuavam os aparelhos desqualificando os protestos, provocando a reação policial e o ataque às pessoa pacíficas, até mesmo no interior de suas casa, fomentando, sem nenhuma justificativa a não ser o puro domínio da massa, a luta entre irmãos, solidários na revolta contra o regime autoritário.
Vivemos hoje os últimos dias de preparação. Dia a dia a batalha é travada. O governo propõe ações capciosas de fantasia, que configuram tentativas de  seguidos golpes de Estado, e o povo mostra a sua voz e seu desejo por liberdade nas redes sociais e, agora como há muito não víamos, nas ruas.
Os últimos testes, configurados em plebiscito, referendos, condenação de criminosos, transportes a nível federal e pesquisas eleitoreiras, estão por vir e definir o quanto de apatia pode se encontrar nos últimos bastiões da sociedade brasileira o Poder Judiciário e o escudo fiel das FFAA. Serão eles novamente necessários para restabelecer a liberdade aos moldes dos fatos contundentes ocorridos recentemente no Egito? Ficam as perguntas: Será este o caminho que vai trilhar o Brasil? Haverá um clamor popular pela intervenção das FFAA? Necessitaremos mais uma vez do apoio incondicional dos nossos patrícios em fardas? Ou a democracia brasileira mostrará sua maturidade e, nas urnas, acabará com as pretensões totalitárias dos subversivos de plantão?  Os próximos dias dirão. Estaremos prontos e vigilantes. Viva o Brasil!


                                                               Júlio Cezar Barreto Leite da Silva
                                                                                    MCC
                                                                         05 de julho de 2013

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